Os estudantes dos cursos de História e Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) encerraram o acampamento no vão entre os prédios da universidade nesta quinta-feira (9), após dois dias de manifestação. De acordo com os estudantes, a mobilização queria o fim das relações acadêmicas entre a USP e universidades de Israel que, segundo os alunos, agregavam pesquisas com objetivos militares contra a Palestina.
A manifestação, organizada pelo Comitê de Estudantes em Solidariedade ao Povo Palestino, continuará "em outras frentes", segundo o grupo. O protesto, que contava com cerca de 40 barracas, foi desmontado em poucas horas, e os coordenadores do movimento afirmaram que o fim do acampamento não representa uma derrota.
Pouco antes de encerrar o protesto, os estudantes fizeram uma passeata que partiu do prédio de história e filosofia e seguiu em direção ao prédio que abriga o setor da universidade responsável por acordos internacionais. Durante o trajeto, os alunos gritavam “Estado assassino”, em referência a Israel.
Em nota, a USP afirma que respeitar o livre direito à manifestação. “O respeito à livre manifestação é uma característica da Universidade de São Paulo e da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Assim, sua diretoria vem a público dizer que vê com normalidade o exercício do direito de livre manifestação de seus professores, estudantes e funcionários realizados entre 7 e 9 de maio que ocorrem pacificamente”.
Além do acampamento, os estudantes organizaram um abaixo-assinado online em "defesa do povo palestino". O documento conta com cerca de mil assinaturas.
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