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Tira-dúvidas

Durante dez dias (entre 27 de julho e 5 de agosto), os leitores da Gazeta do Povo enviaram ao jornal suas dúvidas sobre prevenção, sintomas e tratamento da gripe A H1N1. Veja as respostas dos especialistas :

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Em quase quatro meses da nova gripe no Paraná (de 5 de maio até 28 de agosto), o Hospital de Clínicas (HC) atendeu 471 pacientes com suspeita da gripe A H1N1. Desses, 203 precisaram ser internados, o que representa 43% dos pacientes que foram encaminhados ao HC. Outras 268 pessoas atendidas, ficaram em observação, mas não precisaram de internamento, segundo balanço do hospital.

O Hospital de Clínicas é um dos centros de referência do tratamento da nova gripe em Curitiba. Para receber atendimento no hospital - por causa da gripe A - o paciente tem de ter passado antes pelos Centros Municipais de Urgências Médicas da capital.

Para a chefe do Serviço de Epidemiologia do Hospital de Clínicas, Suzana Moreira, houve acentuada redução no número de pacientes que foram encaminhados ao HC nos últimos dias. Suzana disse que já se observa uma estabilização do quadro na nova gripe. Na última semana, 48 casos suspeitos foram encaminhados ao HC. E nesse final de semana nenhum paciente que procurou o HC, por suspeita de gripe, precisou ser internado, de acordo com a médica.

No entanto, a chefe do Serviço de Epidemiologia afirmou que a população precisa estar atenta aos cuidados básicos para se evitar a disseminação da doença. Isso porque o Hemisfério Norte entrará no inverno e isso pode ser responsável por uma "segunda onda" da doença no mundo.

Suzana reforçou que é preciso manter os cuidados com a higiene e também isolar os pacientes com a doença, para que não haja contaminação de outras pessoas. "A população pode ter tranquilidade, pois já se percebe uma estabilização da doença. Mas, o momento não permite que se relaxe com os cuidados, para que não haja risco de um novo surto de casos da gripe A", explicou.

Faixa etária dos 20 aos 49 anos

A faixa etária que registrou o maior número de internamentos foi a dos 20 a 49 anos, responsável por 88 dos 203 internamentos do HC. De acordo com Suzana Moreira, essa faixa etária é a mais acometida pela doença porque o H1N1 tem um comportamento diferente do vírus da gripe sazonal.

Uma das hipóteses para o maior número de casos e atendimentos da doença é a resposta imunológica desse grupo ser mais intensa, o que ocasiona uma evolução mais grave da doença. Outra hipótese diz respeito ao fato de que um vírus similar ao H1N1 circulou antes de 1957 pelo mundo e por isso as pessoas que nasceram antes desse período poderiam ter algum tipo de proteção cruzada para a nova gripe.

Segundo o último balanço do hospital, até a sexta-feira (28) foram registradas 24 mortes por gripe A no hospital e outras 13 ainda são suspeitas e aguardam os resultados dos exames laboratoriais para que sejam confirmadas ou descartadas. O primeiro óbito foi confirmado no dia 24 de julho.

Dos 24 mortos, 18 eram da faixa etária dos 20 aos 49 anos. Esse grupo também é o que mais tem registrado óbitos por gripe A no Paraná.

O número de mortes no HC corresponde a 13,48% do total de óbitos no estado. De acordo com o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) de sexta-feira (28), 178 pessoas morreram no Paraná em decorrência da nova gripe.

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