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Luis Afonso Baggio Pereira pratica vôlei há 30 anos e não dispensa no mínimo 20 minutos de aquecimento com exercícios leves usando a bola | Priscila Forone/Gazetra doPovo
Luis Afonso Baggio Pereira pratica vôlei há 30 anos e não dispensa no mínimo 20 minutos de aquecimento com exercícios leves usando a bola| Foto: Priscila Forone/Gazetra doPovo

Veja como aquecer e alongar corretamente

Aqueça

Caminhadas, trotes e corridas leves podem ser um bom começo para aquecer o metabolismo. Depois, caso for fazer uma atividade específica, faça gestos que lembrem o esporte, como simulação de chutes ou brincadeiras com a bola. Todos os movimentos devem ser moderados. Para se aquecer são necessários, em média, de cinco a dez minutos no verão e de 15 a 20 minutos no inverno.

Movimente-se

Faça movimentos que lembram os alongamentos estáticos, mas não é preciso ficar um tempo na mesma posição. Só esticar-se já é suficiente. É uma forma de estimular os músculos.

Pratique

Se possível, inicie a prática esportiva mais lentamente e vá aumentando a intensidade aos poucos.

Alongue

Agora pode alongar a vontade. Apenas lembre-se de que alongamento bom não é alongamento com dor. Não é preciso forçar demais os músculos nem as articulações.

Fontes: Álvaro Luiz Wolff, fisioterapeuta do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR); Murilo Cezar Bredt, professor de Educação Física e Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

A regra do alongamento antes e depois de um exercício físico pode ser substituída por: aqueça antes, alongue depois. Aqueles dez minutos de caminhada ou corrida leve são determinantes para um bom desempenho durante toda atividade esportiva. "É como a preparação de uma máquina que precisará de potência para funcionar bem", diz Álvaro Luiz Wolff, fisioterapeuta do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Como o próprio nome diz, o aquecimento é responsável pelo aumento da temperatura corporal. Mas não é só isso, é uma preparação de todo organismo para a atividade que será realizada. "Os músculos ficam aquecidos e com maior capacidade de resposta. As cartilagens são lubrificadas e há um aumento da frequência cardíaca e respiratória, fazendo com que chegue mais sangue ao sistema motor", explica Murilo Cezar Bredt, professor de Educação Física e Fisioterapia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Do contrário, fazer um exercício de alta intensidade sem estar com as articulações e músculos aquecidos é se expor a diferentes tipos de lesão, desde as mais comuns, como distensões e entorces, até traumas e quedas causadas por desequilíbrio. "É um risco indireto, mas que o aquecimento minimiza porque aumenta a qualidade do gesto motor", afirma Bredt.

O empresário Luis Afonso Bag-gio Pereira, 47 anos, pratica vôlei regularmente há 30 anos e orgulha-se de não ter tido nenhuma lesão grave. O histórico zerado em clínicas ortopédicas é graças a muito cuidado antes e depois dos treinos. "Antes da partida faço 20 mi-nutos de corrida e exercícios leves com a bola. Depois de jogar, gasto quase 45 minutos alongando. Tudo isso faz com que eu jogue melhor."

Os hábitos de Luis Afonso estão mais do que certos, segundo fisioterapeutas e educadores físicos. Até mesmo para os atletas de fim de semana vale a dica de exercitar os grupos musculares que serão exigidos posteriormente. De acordo com Julimar Luiz Pereira, educador físico vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física do estado do Paraná, direcionar o aquecimento faz com que a performance seja ainda melhor. "Algumas atividades utilizam mais certos músculos e articulações. Para quem joga futebol, por exemplo, é bom fazer uma preparação que inclua exercícios de joelho e quadril."

Exercícios mais leves, como caminhadas ou musculação, não exigem um aquecimento específico. Só iniciar a prática mais lentamente e ir aumentando a intensidade aos poucos já faz com que o organismo se aqueça. No inverno, para qualquer tipo de atividade, o ideal é caprichar ainda mais na preparação. "Os músculos ficam contraídos no frio. Demora mais para a temperatura corporal aumentar. É comum as pessoas irem direto para os exercícios de alta intensidade ou então exagerarem na intensidade do aquecimento", diz Julimar Luiz Pereira.

Flexibilidade a longo prazo

Mas por que deixar o alongamento para depois do exercício? "Existem pesquisas que apontam que o efeito imediato do alongamento é a perda da força muscular. Não que seja uma perda considerável, mas é algo que pode fazer diferença", explica Bredt. Isso não quer dizer que o alongamento deve ser riscado da agenda diária dos desportistas. É alongando os músculos que eles ganharão flexibilidade, outro fator capaz de minimizar o risco de lesões. Essa rotina, porém, pode ser feita em horários alternativos. "O alongamento estático, aquele em que a posição é mantida por em média 30 segundos, deve ser feito depois da atividade e é fundamental para evitar aquela dor do dia seguinte. Após a prática de exercícios, restam nos músculos substâncias metabólicas que só serão eliminadas com o alongamento", diz Wolff.

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