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Enzo, de quase 4 anos, com a avó Yolanda Gevard: depois que saiu da escola deixou de pegar uma doença atrás da outra | Priscila Forone/Gazeta do Povo
Enzo, de quase 4 anos, com a avó Yolanda Gevard: depois que saiu da escola deixou de pegar uma doença atrás da outra| Foto: Priscila Forone/Gazeta do Povo

O ambiente escolar é o local onde as crianças mais têm contato com outras, inclusive da mesma idade. Independentemente dos benefícios sociais e pedagógicos, até os 3 anos de idade o contato direto com os coleguinhas pode não ser tão saudável. Segundo o imunologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Nelson Augusto Rosário Filho, o ambiente da educação infantil ajuda na disseminação das doenças infecciosas e, como o sistema imunológico está em formação até esta idade, o melhor é que a criança só frequente a escola depois. "Até lá, se tiver como, o ideal é que ela fique em casa."

Foi dessa forma que a administradora Kassiane Lebelem teve de agir. Seu filho Enzo, que hoje tem 3 anos e 8 meses, foi à escola com 2 anos, mas pegou uma doença atrás da outra. Cada hora era um tipo de infecção e bastava outra criança estar doente que passava para ele. "Vivíamos no pediatra. Foram dois meses assim até que resolvi tirá-lo de lá e deixá-lo com minha sogra em casa. Depois disso, nunca mais tomou antibiótico. Tudo que teve foram pequenas gripes e dores de garganta e ouvido", conta a mãe. No começo de 2011 Enzo completa 4 anos e estará com sua imunidade fortalecida para voltar ao colégio.

A coordenadora da educação infantil do colégio Dom Bosco, Márcia Abicalaf, conta que por saber que os menores estão mais sujeitos a doenças, avisa os pais logo no primeiro dia de aula para deixar o filho em casa quando estiver com alguma infecção. Mas se a família não perceber e só em sala a professora notar, a criança é encaminhada para o ambulatório da escola e a coordenação chama a família. "Se não fizermos isso, vira um ciclo: um passa para o outro e não acaba mais", diz.

Mas não é necessário que todos os pais fiquem preocupados. De acordo com o professor de Imunologia do curso de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e supervisor do serviço de imunologia do Hos­pital das Clínicas, Fábio Morato Castro, o funcionamento do sistema imunológico também vai depender de características genéticas, portanto nem todas as crianças que ficam na escola necessariamente terão várias infecções seguidas.

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