Especialidades
O Conselho Federal de Medicina reconhece 53 especialidades médicas no Brasil. Conheça algumas:
Angiologia
Doenças que acometem o sistema circulatório (artérias e veias) e vasos linfáticos. Exemplo: trombose, aneurisma, aterosclerose, úlcera venosa.
Cardiologia
Doenças cardiovasculares. Exemplo: enfarte, arritmias, angina, aterosclerose.
Dermatologia
Doenças que acometem a pele e os anexos cutâneos (cabelos, unhas, mucosas). Exemplos: dermatites, manchas, micoses, psoríase, vitiligo.
Endocrinologia
Desordens que acometem as glândulas endócrinas e suas secreções específicas chamadas hormônios. Exemplo: diabete, alterações na tireoide, síndrome dos ovários policísticos, obesidade, transtornos de crescimento.
Gastroenterologia
Doenças do aparelho digestivo (boca, faringe, esôfago, estômago, intestinos delgado e grosso, fígado, vias biliares e pâncreas). Exemplos: gastrite, úlcera, gastroenterites, hepatites.
Ginecologia
Doenças que acometem o sistema reprodutor feminino (útero, vagina e ovários). Exemplo: câncer de útero, ovário e mama, miomas, endometriose, doenças sexualmente transmissíveis.
Geriatria
Doenças e incapacidades no idoso.
Hematologia
Doenças ligadas ao sangue e seus componentes (hemácias, leucócitos e plaquetas) e os órgãos onde são produzidos (medula óssea, baço e linfonodos). Exemplo: anemias, leucemias, púrpura, hipercoagulação e talassemias.
Infectologia
Doenças causadas por micro-organismos, sejam eles bactérias, vírus, protozoários ou fungos. Exemplo: malária, dengue, febre amarela, leptospirose, hepatite A, sarampo, rubéola.
Nefrologia
Doenças que comprometem a função renal. Exemplo: infecções renais, urinárias, da bexiga e da próstata, diabete, hipertensão.
Oftalmologia
Doenças relacionadas com a visão e com os olhos. Exemplo: alterações na visão, catarata, olho seco, estrabismo, glaucoma.
Otorrinolaringologia
Doenças que afetam as vias aéreas superiores (laringe, faringe, seios paranasais, ouvidos e nariz).
Exemplos: distúrbios do sono ligados às vias respiratórias, faringite, sinusite, otite, zumbido, perda auditiva, adenoide e laringite.
Ortopedista
Traumas que afetam os ossos. Exemplo: fraturas, torções e luxações, tumores ósseos, pé chato, osteoartrose e deformidades da coluna.
Pediatria
Doenças em geral que acometem crianças.
Pneumologia
Doenças relacionadas ao aparelho respiratório. Exemplo: efizema pulmonar, câncer do pulmão, bronquite, asma.
Proctologia
Doenças de cólon, reto e ânus. Exemplo: câncer de reto, hemorroidas, diverticulite, constipação e formação de pólipos.
Psicologia
Diagnóstico e tratamento de problemas emocionais. Exemplo: depressão, ansiedade, síndrome do pânico.
Psiquiatria
Diagnóstico e tratamento de desordens emocionais, que podem ter causas orgânicas. Exemplo: depressão, déficit de atenção, bipolaridade, transtorno obsessivo compulsivo.
Reumatologia
Doenças que comprometem ligamentos, tendões, articulações, músculos e os ossos. Exemplo: lúpus, atrite reumatoide, fibromialgia, gota.
Urologia
Doenças relacionadas ao aparelho urinário masculino e feminino e aos órgãos genitais masculinos.
Exemplo: pedras nos rins, alterações na próstata, transplante renal.
Em alguns casos parece simples: ao ter uma alergia na pele o paciente procura um dermatologista, quando os filhos estão doentes os leva ao pediatra ou se quer fazer uma dieta busca um nutricionista. No entanto, a escolha do médico nem sempre é assim tão fácil. Muitas vezes os sintomas não são claros e surge a dúvida sobre qual especialista procurar. No Brasil, são reconhecidas 53 especialidades médicas. Além de não saber ao certo o que significa cada um dos nomes complicados como angiologista, nefrologista ou proctologista, muitas vezes o paciente fica em dúvida sobre a que se dedica cada especialista.Quando o sintoma é uma dor de cabeça, por exemplo, as causas podem ser as mais diversas. Mas e aí, quem procurar? Um neurologista? Mas a causa pode ser um problema de visão, então não seria um oftalmologista? Mas e se for relacionada à tensão pré-menstrual, o melhor não seria consultar um ginecologista?
Sem saber ao certo a quem recorrer, muitas vezes o paciente acaba fazendo justamente o que não devia: consulta o Dr. Google. E aí a confusão pode ser ainda maior. A dor de cabeça que poderia ser apenas tensional se transforma, no imaginário do paciente, em um tumor no cérebro.
Para não se desesperar sem motivo nem perder tempo e dinheiro quicando de um consultório para outro sem descobrir a origem do problema, o ideal seria sempre consultar primeiramente um clínico geral. "Por mais que não seja capaz de tratar o problema, o clínico está capacitado para levantar algumas hipóteses de diagnóstico e encaminhar para o especialista mais indicado quando for o caso", afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica e professor da Universidade Federal de São Paulo, Antonio Carlos Lopes. Segundo ele, cerca de 70% a 80% das queixas podem ser resolvidas pelo clínico. "Todo paciente deveria ter um médico de referência, que o acompanha ao longo da vida e conhece seu histórico de saúde, isso ajuda muito na hora de fazer o diagnóstico", afirma.
Confusão
Algumas áreas têm uma linha tênue entre o que cabe a um médico ou a outro. É o caso, por exemplo, de especialidades como psicologia e psiquiatria, nefrologia e urologia ou ainda reumatologia e ortopedia. Nos dois últimos casos, a diferença está na abordagem de tratamento. Enquanto uma especialidade trata os problemas clínicos outra se dedica aos procedimentos cirúrgicos.
Segundo o reumatologista e professor da Universidade Federal do Paraná Sebastião Radominski, a reumatologia se ocupa do diagnóstico e tratamento de problemas clínicos do aparelho locomotor. "São os chamados reumatismos, que englobam cerca de cem doenças. Entre elas estão artrite reumatoide, lupus e fibromialgia. Uma pessoa que tenha uma dor crônica, por exemplo, deve procurar um reumatologista", explica. Por outro lado, os casos de fraturas ou má formações que exigem tratamento cirúrgico são competência de um ortopedista.
Da mesma forma com o nefrologista e o urologista. Enquanto o primeiro cuida dos casos clínicos, o segundo se ocupa dos cirúrgicos. "Algo que comprometa a função dos rins, como uma inflamação, por exemplo, deve ser tratada por um nefrologista. Enquanto que um caso de cálculo renal já seria de competência de um urologista", explica Fernando Lorenzini, urologista e professor da Universidade Federal do Paraná. O que muita gente não sabe é que, além de ser responsável por cuidar dos problemas envolvendo o aparelho reprodutor masculino, o urologista se ocupa também do aparelho urinário de ambos os sexos, masculino e feminino.
Embora psicólogos e psiquiatras trabalhem com psicoterapia, a diferença entre um e outro é, principalmente, que o psiquiatra tem formação médica e portanto está apto a prescrever medicamentos. "É preciso separar se o problema tem causa puramente emocional, e pode ser tratado apenas com psicoterapia, ou se tem origem orgânica, e precisa também de medicação", explica o psicólogo clínico e professor da Universidade Tuiuti do Paraná Nelio Pereira da Silva. Em geral, os casos mais graves e complexos são tratados pelo psiquiatra. "De qualquer forma os dois profissionais trabalham em parceria, se o paciente tem uma queixa de depressão e procura um psicólogo, ele será avaliado e se o profissional considerar que se trata de um caso para um psiquiatra, esse paciente será encaminhado", diz.
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