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O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou nesta terça-feira (9) que o "desafio" da campanha nacional de vacinação contra a nova gripe - o vírus influenza A (H1N1) - é mobilizar a população entre 20 e 39 anos, que está nos grupos prioritários para a imunização.

O ministro falou durante o anúncio de parceria com empresas privadas para a divulgação do calendário da vacinação (clique aqui) para ver o calendário detalhado. Entre as empresas estão companhias aéreas, de alimentação, comunicação e telefonia.

Temporão disse ainda que, para favorecer a vacinação dentro dessa faixa etária - 20 a 29 anos - o governo federal pediu às secretarias estaduais e municipais colaboração para estender o horário de atendimento dos postos de saúde.

"Temos aqui outro desafio parecido com o que tivemos na vacinação contra a rubéola (quando o público jovem também era grupo prioritário para a imunização). São 60 milhões de pessoas entre 20 a 39 anos, pessoas saudáveis, que temos de mobilizar. (...) Fizemos apelo aos gestores, secretários estaduais, municipais, para facilitar a vida de quem estuda, traballha. Vamos apoiar. Mas é um desafio que não é problema só do governo, é de toda sociedade", disse o ministro da Saúde.

De acordo com o ministro, os dois grupos - de 20 a 29 anos e o de 30 a 39 anos - são compostos por 60 milhões de pessoas, sendo que a meta da campanha é vacinar cerca de 90 milhões de pessoas - as outras 30 milhões estão nos grupos de gestantes, idosos com problemas crônicos e crianças com menos de dois anos.

O ministro disse que o objetivo na campanha contra nova gripe deste ano é atingir no mínimo 80% de cada grupo prioritário.

Setor privado

Durante o evento em que Temporão discursou, representantes de empresas privadas foram informados sobre a preparação do Brasil para o combate à segunda onda da nova gripe, que deve ocorrer durante o outono e o inverno. Para Temporão, as empresas podem ter papel importante para a divulgação da campanha.

Ele afirmou que, em pesquisa do ministério, foi verificado que 64% dos entrevistados sabiam das datas de vacinação. "Ainda temos um universo importante de pessoas que não estão informadas sobre a campanha."

"É importante que vocês (empresas privadas) nos ajudem para que 100% da população esteja bem informada. Podem vacinar rapidamente e proteger seus funcionários da maneira mais rápida e eficaz possível. (...) A campanha começou agora e temos que passar com clareza as informações para que as pessoas se sintam tranquilas e seguras quanto à vacinação", completou Temporão.

José Gomes Temporão lembrou ainda que o ministério tem feito nos últimos anos parcerias com o setor privado. "O ministério vem utilizando essa estratégia não só para vacinação, mas também para o combate de doenças, como a dengue. A parceria com os senhores e as senhoras (empresários) na campanha da rubéola foi fundamental, porque visava mobilizar pessoas jovens e saudáveis para se proteger de uma doença que não é visível. Se não fosse a participação das empresas não conseguiríamos vacinar 67 milhões de pessoas."

Estratégias Antes de Temporão, o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna, discursou e relatou as estratégias do governo para se preparar para um possível novo surto da gripe A (H1N1).

Ele afirmou que o Brasil se preparou, além da campanha de vacinação, com o aumento dos centros de diagnósticos credenciados e aquisição de antiretrovirais, entre outras medidas.

Penna citou que, além da campanha de vacinação, a imunidade natural que as pessoas possam ter adquirido contra o vírus também pode ajudar a reduzir o número de óbitos. "A pandemia já circulou e se espera que tenha havido uma imunidade natural e pode diminuir a mortalidade associada à pandemia."

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