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Londrina - A prefeitura de Londrina, no Norte do Paraná, vai propor aos médicos plantonistas a renovação do contrato no valor de R$ 361 mil, por mais 30 dias, em regime de contingência. O anúncio, feito no fim da tarde de ontem, ocorreu depois que o Ministério Público intermediou uma reunião, pela manhã, entre a Secretaria Municipal de Saúde e as direções dos hospitais. O objetivo foi discutir a ameaça dos médicos plantonistas de interromperem os atendimentos aos pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) nos prontos-socorros a partir do dia 1.º.

Segundo o promotor de Defesa da Saúde, Paulo Tavares, a situação é preocupante e uma paralisação transformaria o sistema público "em um caos". Tavares afirmou que é "lamentável" a falta de diálogo entre o gestor municipal e os profissionais. "Esta situação poderia ter sido discutida ao longo dos últimos meses. Agora a negociação é mais complicada, por esta falta de contato", afirmou.

Os médicos que fazem plantão no Hospital Evangélico e na Santa Casa de Londrina tinham decidido, em duas assembleias realizadas na última segunda-feira, interromper os atendimentos aos pacientes do SUS a partir do dia 1.º de abril, caso a prefeitura não assumisse o compromisso formal de continuidade do pagamento de sobreaviso, já que o acordo entre o município e os profissionais se encerraria hoje.

Os médicos reclamavam que nenhuma medida de negociação havia sido tomada por parte do poder público. O problema se arrasta desde o ano passado e já provocou o fechamento dos prontos-socorros em duas oportunidades. Em novembro de 2009, a suspensão por parte da prefeitura do pagamento dos adicionais aos plantonistas fechou os pronto-socorros por seis dias. No dia 29 de dezembro, os profissionais do Evangélico voltaram a interromper os atendimentos, que foram retomados no dia 30, depois que a prefeitura estendeu o acordo até o final de março de 2010.

Com a proposta da prefeitura de prorrogar o convênio por mais 30 dias agora, o prefeito Barbosa Neto (PDT) pretende expor o problema à população. "Nesse período, faremos uma audiência pública para mostrar à sociedade as dificuldades enfrentadas pelo município na área de saúde", explicou o prefeito. Segundo ele, o município ainda não recebeu a oficialização do aumento de R$1,5 milhão do teto orçamentário prometido pelo Ministério da Saúde. "Estamos arcando sozinhos com as despesas para atender quase todo o Norte do Paraná", afirmou.

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