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Doença é transmitida pelo mosquito palha, que é menor que o Aedes aegypti, transmissor da dengue. | James Gathany/Div
Doença é transmitida pelo mosquito palha, que é menor que o Aedes aegypti, transmissor da dengue.| Foto: James Gathany/Div

A 9.ª Regional de Saúde confirmou nesta terça-feira (26), em Foz do Iguaçu, no Oeste, a primeira morte do ano por leishmaniose visceral humana no Paraná. O paciente infectado foi um idoso de 63 anos, portador de necessidades especiais, que faleceu nesta segunda-feira (25) após ser internado num hospital particular da cidade.

De acordo com o chefe da Regional, Ademir Ferreira, ainda não é possível afirmar que a causa da morte foi exclusivamente em decorrência da doença. “Ele apresentava outras doenças, mas os exames laboratoriais confirmaram a presença de leishmaniose. Ao menos, a doença agravou o seu quadro clínico”, explicou.

No ano passado, dois casos da doença foram registrados em Foz: uma criança de 1 ano e 7 meses, e um policial. Ambos estão sendo medicados e passam bem. A leishmaniose visceral, que é provocada por um protozoário e transmitida pela picada do mosquito-palha (espécie um pouco menor que o Aedes aegypti), tem alta taxa de mortalidade em cães e raramente é contraída pelos seres humanos.

Na fronteira, a preocupação com a enfermidade é antiga. No início do ano passado, uma pesquisa pioneira encomendada pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), e desenvolvida em parceria pela Secretaria Estadual da Saúde com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e outras instituições, já apontava uma situação alarmante entre os casos de leishmaniose visceral entre os cães. Das 710 amostras de sangue coletadas nos cachorros, 104 tiveram resultado positivo para a doença (uma taxa de 14,6%). Segundo o estudo, o número de animais infectados com a doença na cidade ultrapassa a casa dos 10 mil. Em junho, o Ministério da Saúde recomendou que os animais comprovadamente infectados fossem sacrificados.

Em 2010, o Paraná registrou o primeiro caso autóctone (quando é contraída na própria região) da doença. Assim como já é orientado para os casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti – dengue, zika e chikungunya – a população também tem papel fundamental na prevenção da leishmaniose, evitando entulhos e locais que possam servir de criadouro para o mosquito-palha.

Dengue

Nesta terça-feira (26), a Secretaria da Saúde oficializou em seu boletim que a morte da agente penitenciária Renata Gaudencio, no dia 11, em Foz do Iguaçu, foi em decorrência de dengue hemorrágica. A informação já havia sido divulgada pela Secretaria Municipal de Saúde, mas aguardava a finalização dos testes laboratoriais.

Segundo o informativo, desde agosto do ano passado, 2.693 casos de dengue foram confirmados no Paraná, distribuídos em 153 municípios. Até o momento, 11 cidades atingiram situação de epidemia: Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Paranaguá, Cambará, Mamborê, Itambaracá, Guaraci, Rancho Alegre, Santo Antônio do Paraíso, Assaí e Nova Aliança do Ivaí.

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