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 | Daniel Castellano / Gazeta do Povo
| Foto: Daniel Castellano / Gazeta do Povo

Um painel independente reunido pelo Instituto Nacional de Saúde concluiu que não há evidências a favor nem contra a capacidade de um multivitamínico prevenir doenças crônicas. A Sociedade Norte-Americana do Câncer, a Associação Norte-Americana do Coração e a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA, entre outros, não encontraram nos suplementos nada que prevenisse o câncer ou as doenças cardíacas. Em vez disso, o grupo recomenda uma dieta balanceada, explicando que a variedade de alimentos é mais eficaz do que qualquer cápsula.

O que não quer dizer que o paciente que tenha deficiência de um ou outro nutriente específico não deva consumir um suplemento recomendado pelo médico. Por exemplo, agora que os exames de falta de vitamina D se tornaram rotina, especialmente para pacientes mais idosos, muita gente precisa tomar pílulas desse nutriente diariamente, principalmente para garantir a saúde óssea.

O volume de cálcio das pessoas em geral também pode ser considerado problemático, principalmente com o declínio drástico no consumo de leite dos norte-americanos nas últimas décadas. Consumindo uma quantidade adequada de alimentos ricos em cálcio – incluindo leite desnatado (sem lactose) e verduras de folhas escuras, é possível evitar o suplemento de cálcio, que pode causar constipação ou outros sintomas desconfortáveis.

Magnésio

Importante para a função muscular, o magnésio é um suplemento popular. As melhores fontes da substância, porém, continuam sendo alimentos como espinafre, nozes, legumes e cereais integrais.

Uma análise de 15 estudos, de 2010, sugere que ele aumenta o risco de um enfarte em 30%, embora o guia mais recente, baseado em estudos de observação, sugira que não há excesso de risco cardiovascular da ingestão combinada de cálcio de 2.500 miligramas de alimentos e suplementos. O mineral consumido nessa segunda forma também pode resultar em pedras nos rins e problemas gastrointestinais, riscos que alguns pesquisadores concluíram não se justificar pela capacidade limitada de prevenção de faturas.

Embora as conclusões tenham sido embasadas por pesquisas, muitos especialistas enfatizam que a fonte ideal do mineral é a alimentar, reservando-se os suplementos para aqueles que já sofrem de osteoporose, tem fraturas ou enfrentam um risco bastante significativo.

Cúrcuma

Estudos em animais sugerem que a planta possui propriedades antiinflamatórias, antioxidantes e anticancerígenas. Mas poucos estudos confirmam qualquer tipo de benefício médico.

Para os adultos com mais de 50 anos, os níveis sanguíneos de vitamina B12 podem se tornar baixos a ponto de comprometerem a saúde cerebral e a função muscular. Alimentos que contenham proteína animal são a principal fonte desse nutriente, mas se a acidez estomacal estiver baixa, ele não pode se separar do veículo que o contém e, consequentemente, não é bem absorvido.

Seja uma sugestão vinda de amigos ou baseada na descoberta de um estudo científico, o histórico combinado de benefícios e riscos dos suplementos sugere cautela.

Como no seguinte caso: baseado em um volume considerável de evidências sugestivas, um grande estudo custeado pelo governo testou a capacidade do selênio e da vitamina E de diminuírem o risco de câncer de próstata. Infelizmente, os que tomavam essa última desenvolveram mais casos de câncer do que os que estavam tomando o placebo e quem consumiu selênio acabou com maiores probabilidades de desenvolver diabete.

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