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A quimioterapia continua sendo o tratamento mais eficiente para impedir a evolução de praticamente todos os tipos de câncer. Existem, entretanto, medicamentos, os chamados anticorpos monoclonais, que auxiliam o tratamento e aumentam significativamente as chances de cura.

A vantagem dos anticorpos monoclonais é que eles agem apenas nas células doentes, atacando proteínas específicas. "Esses anticorpos são drogas-alvo, ou seja, agem como se fossem mísseis teleguiados, não comprometendo as células sadias, como faz a quimioterapia clássica. Por isso também provocam menos efeitos adversos", explica o hematologista e oncologista clínico Johnny Camargo, do Hospital Erasto Gaertner.

Em 1997, o primeiro anticorpo monoclonal foi lançado no mercado. O rituximabe – também chamado de Mabthera, fabricado pelo laboratório Roche – foi desenvolvido para o tratamento de pacientes com linfoma não-Hodgkin (ver quadro) e age sobre as proteínas CD-20, localizadas na superfície de alguns linfócitos (glóbulos grancos). "O medicamento aumenta de 40% para 70% as chances de cura", conta Camargo.

Recentemente, foi lançado o nilotinibe (Tasigna, do laboratório Novartis), para o tratamento da leucemia mieloide crônica, que age inibindo a proteína Bcr-Abl, principal causa da doença. O medicamento demonstrou eficácia em apenas um mês de tratamento, com sobrevida de 88% dos pacientes em dois anos de tratamento.

O problema é que o rituximabe, assim como outros anticorpos monoclonais – que custam em torno de R$ 6 mil por ampola –, não estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A única forma de consegui-los é por meio de uma ação judicial. (JK)

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