5G e aviação: qual o risco para a segurança?

Tecnologia

Fabricantes de aviões e companhias aéreas têm apontado alguns riscos de interferência do 5G nos equipamentos de bordo, o que poderia se tornar uma ameaça à segurança na aviação.

O principal ponto de preocupação são os altímetros, aparelhos que medem a altura das aeronaves em relação ao solo, e extremamente úteis durante os pousos.

Os altímetros operam nas frequências entre 4,2 GHz e 4,4 GHz e a separação para as frequências do 5G não são tão grandes, pelo menos nos Estados Unidos.

Por lá, o 5G a ser empregado será o de 3,7 GHz a 3,98 Ghz. Isso levou as autoridades da aviação do país a adiar a implantação do 5G.

No Brasil, a preocupação, na teoria, é menor. Isso porque as frequências mais próximas do 5G por aqui vão de 3,3 Ghz e 3,7 Ghz, ou seja, uma distância de pelo menos 500 Mhz.

Mesmo assim, a Embraer já enviou um ofício para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) pedindo apoio na realização de ensaios em voo e em solo.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que tem trabalhado com a Anatel para, se necessário, avaliar a adoção de "ações de mitigação a interferências".

Créditos

Apuração: Cristina Seciuk.

Imagens: Unsplash e Pixabay.

Montagem: Gustavo Ribeiro.