A luta do PT pela linguagem neutra
Vida e Cidadania
Divulgação/PT
O Partido dos Trabalhadores (PT) pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) barre um decreto catarinense que proíbe o uso da chamada “linguagem neutra”.
Linguagem neutra é uma alteração da língua portuguesa que suprime a flexão de gênero. Ela não é reconhecida pela gramática e tem sido associada à ideologia de gênero.
O decreto de SC proibiu que instituições de ensino e bancas de concursos públicos do estado usassem a linguagem neutra. E o PT não gostou.
Para o PT, a proibição “viola os direitos à igualdade, à não discriminação, o princípio da dignidade da pessoa humana e o direito à educação”.
Uma decisão do STF favorável ao pedido do PT poderia criar jurisprudência para que outras leis no mesmo sentido fossem barradas no futuro.
O partido considera o fato de o gênero neutro no português ser o masculino como “um dos símbolos do machismo socialmente enraizado”.
No lugar da gramática atual, o PT sugere a adoção do Sistema ILU, uma das muitas formas propagadas de linguagem neutra.
Ele prevê a substituição de ‘Ele/ela’ por ‘Ilu’, ‘Dele/Dela’ por ‘Dilu’, ‘Meu/Minha’ por ‘Mi/Minhe’, ‘Seu/Sua’ por ‘Su/Sue’, e assim por diante.
Para o PT, mudar a língua portuguesa “é essencial, tendo em vista que a linguagem funciona como formadora e informadora do contexto de cada cidadão”.
Pesquisadores, por outro lado, explicam que utilizar o gênero masculino para se referir a determinados grupos de pessoas não é uma forma de preconceito.
A origem desse uso estaria no latim – que lançou as bases da língua portuguesa e de outras línguas latinas, como o francês e o espanhol.
Quer saber mais sobre a luta do PT em prol da linguagem neutra? Acesse a reportagem da Gazeta do Povo.
Montagem: Jocelaine Santos
Imagens: Unsplash, Divulgação/ Partido dos Trabalhadores