Por que o etanol se tornou o campeão da inflação?

Combustíveis

Com a alta na cotação do petróleo e a desvalorização do real frente ao dólar, o preço da gasolina disparou em 2021. E o etanol, que poderia se tornar uma alternativa, não ajudou.

O problema é que o derivado da cana-de-açúcar acumulou alta ainda maior do que o combustível fóssil.

De acordo com IPCA, a alta do etanol em 2021 foi de 62,3%, bem acima do índice oficial da inflação, que ficou em 10,06%.

O etanol foi, portanto, o produto mais caro de uma cesta de mais de 450 grupos, subgrupos, itens e subitens que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) monitora para medir a inflação.

Essa alta se deve a alguns fatores, começando pela desvalorização do real, que fez com que os preços do açúcar ficassem mais rentáveis às usinas, colocando a produção de etanol em segundo plano.

Depois disso, ainda houve uma queda expressiva na produção de cana-de-açúcar na safra 2021/2022, provocada por estiagem, geadas e incêndios.

Sem contar que a alta no preço da gasolina aumentou a demanda pelo biocombustível, encarecendo o produto nos postos de combustível.

Créditos

Apuração: Célio Yano.

Imagens: Divulgação/UNICA, Fernando Frazão/Agência Brasil, Pixabay.

Montagem: Gustavo Ribeiro.