Rival de “Ainda Estou Aqui”, “Flow” traz mensagem profunda em animação singela
Reprodução/Divulgação
Um tsunami inunda o mundo e apenas um gato preto, assustado e indefeso, consegue flutuar num pequeno barco. É assim que começa Flow, uma fábula visual que já conquistou a crítica e o público.
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Com apenas 4 milhões de dólares de orçamento, Flow venceu o Globo de Ouro e o Oscar de Melhor Animação 2025, superando Divertida Mente 2 e Robô Selvagem, que concorriam entre si na mesma categoria. O filme da Letônia, também disputava com Ainda Estou Aqui a estatueta de Melhor Filme Internacional.
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A história se desenrola em um mundo desolado, onde a humanidade parece ter desaparecido. Nesse cenário, um gato luta pela sobrevivência em um pequeno barco, acompanhado por animais únicos: uma capivara tranquila, um labrador brincalhão, um pássaro secretário reflexivo e um lêmure curioso.
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Sem diálogos, Flow usa a linguagem visual para abordar temas profundos como amizade, solidariedade e respeito pela natureza, nos convidando à reflexão.
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Por trás dessa aparente simplicidade, Gints Zilbalodis e Matiss Kaza – o primeiro diretor e ambos roteiristas – criam um universo cheio de nuances, onde cada personagem se destaca com uma personalidade única.
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Essas reflexões, presentes ao longo de todo o filme, não são apenas um recurso estético, mas também uma metáfora que questiona o comportamento individualista predominante na sociedade atual.
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A animação, com traços simples e às vezes mal esboçados, é modesta. Essa simplicidade, porém, dá muita força ao filme, pois, além dos grandes meios tecnológicos, Zilbalodis sabe que o que importa é a perfeição de uma boa história muito bem contada, que se conecte com o coração.
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Especialmente comovente é uma passagem que apresenta o pássaro secretário e que presta uma clara homenagem ao animador japonês Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro, O Menino e a Garça).
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Flow é uma jornada emocional desafiadora, não adequada para quem procura apenas entretenimento. Um filme que nos convida a pensar sobre a forma como vivemos e nos lembra que, às vezes, a simplicidade é a melhor forma de explicar grandes verdades.