Em 1999 surgiu uma banda de power metal sueca criada para cantar história. O nome, Sabaton, já diz muito: uma armadura usada para proteger os pés dos cavaleiros. Nenhuma banda se consagrou e fez tanto pela história quanto Sabaton.
E a banda vai de leste a oeste; norte a sul quando o assunto é história: Grécia Antiga (Sparta) ao século XVI com a poderosa “The Last Stand”, até os nossos heróis pracinhas que fizeram a cobra fumar na 2ª Guerra com a “Smoking Snakes”.
Muitos jovens aprenderam histórias através da banda e passaram a estudar mais depois de escutarem os clássicos que cantam. Os membros da banda, aliás, se tornaram grandes especialistas na área. Isso torna inegável o valor da banda enquanto a construção de conhecimento e cultura. No Brasil, seus clipes têm milhões de views no YouTube.
De maneira geral, o Sabaton canta as glórias que vêm depois das guerras: de fato, derrotar os nazistas é uma glória e tanto e deve ser sempre lembrada. Mas quando se está no calor do campo de batalha, existe tudo, menos glória
E aí está um detalhe que mereceria mais atenção da banda: mostrar os horrores da guerra. Uma coisa é cantar sobre as batalhas da Grécia Antiga, onde as batalhas eram lutadas em sua maioria, no “braço”, e os projéteis eram lanças e flechas.
Outra coisa é cantar sobre batalhas modernas, em que centenas de pessoas podem ser explodidas em pedaços com apenas uma bomba... E dependendo da bomba, dezenas de milhares podem ser explodidas.
Embora e banda já tenha afirmado repetidamente que não glorifica a guerra, essa acusação contra eles não é novidade realmente: acredito que eles não glorifiquem mesmo, mas a música e as letras podem causar esse desconforto a quem estuda as terríveis guerras.
E aqui falo como historiador e fã: aliás, o nome do meu canal Brasão de Armas é uma referência ao lindo álbum da banda “Coat of Arms”. De qualquer forma, que alegria ter uma banda tão respeitada e que respeita a história de forma tão bonita.