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| Foto: ANDREW BURTON/AFP

Se, nos Estados Unidos, as ações do Twitter sofreram queda na semana passada — quando ficou claro que a empresa não soube aproveitar a eleição de Trump, ávido usuário do microblog, para transformar sua publicidade em receita —, na China, as ações do Weibo, o “Twitter chinês”, estão em franca ascensão e ultrapassaram o valor de mercado do Twitter.

Valendo US$ 11,3 bi, a chinesa deixou para trás a concorrente americana, cujo valor permanece na casa dos US$ 11,1 bi.

Com um crescente número de assinantes, a Weibo já havia chegado perto de ultrapassar o Twitter em outubro do ano passado, quando a empresa americana sofria mais uma queda na bolsa. Esta, contudo, é a primeira vez que o valor da empresa na bolsa superou o do Twitter, segundo dados da Bloomberg.

Apesar de a liderança da Weibo ter se dado, principalmente, devido à queda das ações da concorrente americana, a transição acontece em um momento em que grupos de tecnologia chineses estão reduzindo suas diferenças financeiras com seus rivais ocidentais.

Quando comparado à Amazon, o site Alibaba, por exemplo, parece pequeno em termos de valor de mercado: enquanto o grupo americano está avaliado em US$ 395 bilhões, o chinês custa US$ 255 bilhões. Em termos de lucro líquido, por outro lado, a receita de US$ 2,47 bilhões do grupo chinês nos últimos três meses do ano passado fazem os US$ 749 milhões da Amazon parecem irrisórios.

Uma área, contudo, em que as empresas chinesas ainda não conseguiram maximizar suas receitas como os concorrentes ocidentais é a monetização de sua base de usuários — que tem grande potencial de crescimentos. Diversas redes sociais na China, como o Facebook, têm consideravelmente menos publicidade no país asiático do que em solo americano.

Segundo o analista digital Jialong Shi, a receita mensal da Weibo por usuário foi de US$ 1,90 em 2015, o que representava um quarto da receita do Twitter, que foi de US$ 6,50 por usuário, e um sexto dos US$ 11,30 do Facebook. Os números chineses continuam a crescer, mas ainda estão bem atrás dos concorrentes americanos.

“O mercado de anúncios das plataforma social ainda é muito incipiente na China”, afirmou um analista de Hong Kong, ressaltando ainda que o mercado conta somente como 8% do mercado publicitário online, ante os 20% dos Estados Unidos.

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