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Preso um dos maiores traficantes de crack de Curitiba

A polícia prendeu, na tarde de quarta-feira (24), no bairro Abranches, um homem que seria um dos maiores traficantes de crack de Curitiba e região metropolitana. Segundo a polícia, Daniel Alves de Faria, mais conhecido como "Danielzinho", de 26 anos, era foragido da Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo, desde 2004.

Leia a reportagem completa

Vinte e três pessoas foram presas suspeitas de integrar três quadrilhas envolvidas em extorsão, roubo e tráfico de drogas na manhã desta quinta-feira (25), após a realização de uma força tarefa entre a polícia paranaense e o Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual. Entre os detidos estão policiais civis e militares de Arapoti, na região dos Campos Gerais.

Foram expedidos 24 mandados de prisão. Destes, 23 foram cumpridos em Curitiba, Sengés, Jaguariaíva, Arapoti, Castro, Piraí do Sul e Pontal do Paraná. Durante a operação foram apreendidas sete armas de fogo. Um suspeito ainda permanece foragido.

As investigações começaram em julho deste ano, pelo Ministério Público (MP) do Paraná, que recebeu denúncias de corrupção e tráfico de drogas. De acordo com o MP, as primeiras evidências confirmavam a participação de policiais e, por isso, o caso passou a contar com o apoio do Gaeco, em Curitiba. O trabalho também contou com apoio da Secretaria da Segurança Pública (Sesp).

Foram identificadas três quadrilhas de traficantes de drogas, sendo uma delas formada por policiais militares e civis. Um dos envolvidos é dono de uma barraca de sucos, na PR–090, que servia como ponto de tráfico de drogas. Segundo o que foi apurado, as pessoas, quando faziam uma breve parada no local, tinham objetos furtados dos veículos. Outras vítimas eram atraídas para um jogo de azar, no local, onde eram enganadas e perdiam boa parte do dinheiro que tinham. Quando se negavam a pagar, eram ameaçadas.

De acordo com as investigações, quando as vítimas se dirigiam para a delegacia de Ivaiporã, região Central do estado, para prestar queixa, o dono da barraca avisava os policiais. Ao chegar à delegacia, as vítimas registravam boletim de ocorrência (B.O.), porém quando elas iam embora, o boletim era destruído.

O dinheiro conseguido no jogo e na venda dos produtos furtados era repartido com os policiais. Os promotores apuraram que os agentes também mantinham relações com traficantes que agiam em toda região. Mesmo com muitas denúncias, eles atuavam livremente.

Todos os envolvidos vão responder por formação de quadrilha, tráfico de drogas, roubos e extorsão. Os agentes públicos respondem também por corrupção. Os policiais militares foram removidos para o Centro de Observação e Triagem (COT). Já os policiais civis, após prestarem depoimentos, ficaram detidos na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos de Curitiba. Os demais serão transferidos para a cadeia de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

Em entrevista à Agência Estadual de Notícias (AEN), o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari, disse que toda a operação foi feita com muito rigor. "Prendemos esses homens, que fingiam ser policiais para agir como bandidos. Eles serão banidos da polícia, para que sirva de exemplo para outros que já pensaram na possibilidade de usar a profissão de policial para cometer crimes", afirmou.

Acesse o site da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) para conferir o nome de todos os presos durante a operação.

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