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Levantamento feito pela organização não-governamental União Nacional pela Moradia Popular aponta que cerca de 400 famílias ficaram sem moradia desde que a Polícia Militar desocupou o terreno no bairro Fazendinha, na quinta-feira. "Nós chamamos a responsabilidade do município. Essas pessoas estão sem qualquer possibilidade", disse a coordenadora nacional da União, Maria das Graças Silva de Souza.

Ontem à tarde, caminhões da prefeitura trabalhavam para finalizar a limpeza do terreno e veículos da Guarda Municipal e da Polícia Militar acompanhavam as poucas famílias que permaneciam na calçada. A Varuna Empreendimentos Imobiliários, empresa detentora do terreno, disponibilizou caminhões para auxiliar na "mudança" dos ex-moradores e instalou uma cerca na área.

Descaso

A maior reclamação é em relação ao descaso dos órgãos municipais. "A preocupação da prefeitura e da empresa é simplesmente nos tirar daqui e jogar em qualquer canto", disse o pedreiro José Maria Alves Coelho. Na noite de quinta para sexta-feira, cerca de 40 dos sem-teto pernoitaram na Paróquia São João Batista, na Rua João Dembinski.

Ontem, um grupo de 80 pessoas esteve na sede da Companhia de Habitação Popular de Curitiba (Cohab), reunido com o diretor-presidente Mounir Chaowiche. A orientação foi para eles se inscreverem e esperarem na fila até que haja lotes disponíveis. Atualmente, cerca de 56 mil família aguardam na fila. "A gente já tinha escutado ele (Mounir) falando isso, mas queríamos ouvir da boca dele", afirma Maria das Graças. Segundo ela, algumas famílias já estão na fila da Cohab há 17 anos.

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