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Começa logo após a Páscoa a operação para retirar petistas de cargos de segundo escalão em ministérios sob o comando de aliados e nas principais empresas da administração indireta. O trabalho será coordenado pelos ministros Walfrido Mares Guia, Dilma Rousseff, Paulo Bernardo e Luiz Dulci. Os quatro se reunirão na segunda para analisar as listas de postos almejados por PMDB, PP, PR e PTB, entregues por escrito, e os respectivos indicados. Quando os pleitos forem considerados justos, o aliado que pretende ocupar a vaga será chamado para negociação. A coalizão calcula que cerca de 80% dos cargos desejados estejam sob a órbita petista.

Só o filé – A lista dos eleitos da bancada do PMDB na Câmara tem cerca de 15 nomes. Mas só estão lá os cotados para cargos "top de linha", como diretorias do Banco do Brasil, de Furnas, da BR Distribuidora e do Banco do Nordeste. Por gentileza – Na conversa com Lula no Planalto, quarta-feira, Antônio Carlos Magalhães (DEM/BA) sentiu-se à vontade até para tratar da briga política na Bahia. "Presidente, diga ao Geddel para parar de tomar os meus prefeitos", pediu o senador. Defesa – Em conversas com aliados petistas, o deputado Carlos Wilson (PE) atribui a interesses empresariais contrariados as denúncias de irregularidades em sua gestão na Infraero. Diz que promoveu "o maior volume de obras" dos 35 anos da estatal. Ar, por favor – O deputado Jutahy Júnior (PSDB/BA) comemorou a calmaria nos aeroportos no feriado. Claustrofóbico, ele tem passado mal nas longas esperas para decolagem dentro das aeronaves sem ar condicionado. "Já descobri os melhores lugares para ficar, onde tem ao menos um arzinho", diz o tucano. Doce lar – Não é só a mudança para o Ministério da Justiça que anima Tarso Genro ultimamente. O ministro comemora que, depois de quatro anos num flat apertado, alugou um apartamento em Brasília. "Pelo menos agora tenho espaço para guardar os livros", diz o petista.

Ao que interessa – Integrantes do Conselho Político de Lula terão reunião com o ministro Guido Mantega (Fazenda) na segunda-feira para discutir a prorrogação da DRU (Desvinculação das Receitas Orçamentárias da União), uma das prioridades do governo neste ano. Nem aí – Em acordo com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT/SP), líderes governistas estipularam a meta de aprovar todas as medidas provisórias do PAC em no máximo 20 dias. "O ACM Neto pode ficar batendo na mesa o quanto quiser", provoca um deputado petista. Romário – O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), está em campanha para bater o recorde de discursos proferidos na tribuna da Casa. Depois de cada fala, pergunta a assessores do partido o placar atualizado. Deve tomar cuidado com o peemedebista Mão Santa (PI), outro que faz intervenções quase diárias. Vespeiro – O Tribunal de Contas de Sergipe mandou parar auditoria determinada pelo governador Marcelo Deda (PT) na Deso, companhia de saneamento do estado. Responsável pela decisão, o conselheiro Reinaldo Moura é pai de um deputado do PSC, que controlava a empresa no governo João Alves (DEM). Emancipação – O PCdoB, que lançou pouco mais de 30 candidatos a prefeito em 2004, sonha com a cabeça de chapa em 500 municípios nas eleições do ano que vem. O presidente do partido, Renato Rebelo, diz manter firme a idéia de acabar com os tradicionais acordos com o PT para se aliar às siglas do bloquinho da Câmara, PDT e PSB.

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Tiroteio

"Serra faz de tudo para emplacar o Kassab em 2008, mas terá de passar por cima do Alckmin. Na primeira vez que ele tentou isso, se deu mal. "

Do vereador Paulo Fiorilo (PT) sobre o esforço do governador José Serra (PSDB) em ajudar Gilberto Kassab (DEM) a viabilizar sua candidatura à reeleição no ano que vem. O principal obstáculo do prefeito é Geraldo Alckmin (PSDB), que pretende disputar o cargo.

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