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Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical" | Reprodução www.globo.com/paraisotropical
Guilhermina Guinle no papel da socialite Alice, em "Paraíso Tropical"| Foto: Reprodução www.globo.com/paraisotropical

Desde ontem as ruas Ângela Ganz, José Scuissiato e Álvaro Alvin, no bairro Campina do Siqueira, em Curitiba, possuem novo sentido. As três deixaram de ser vias de mão dupla para compor um anel de ligação entre a Avenida Vicente Machado e o binário composto pelas ruas Major Heitor Guimarães e Mário Tourinho. A mudança passou a vigorar às 10 horas de ontem, quando as últimas alterações na sinalização das ruas eram feitas. Desde o início do ano, 26 vias da capital mudaram de sentido para compor novos binários.

A diretora de trânsito da Urbs, Rosângela Battistella, explica que a alteração é um projeto antigo. "Essa mudança de sentido nas ruas foi feita para dar continuidade ao binário da Mário Tourinho, facilitando os acessos e os retornos", afirma. De acordo com ela, mais alterações podem ser realizadas em breve na região, como a instalação de um semáforo no cruzamento das ruas Ângela Ganz e Major Heitor Guimarães.

No início da manhã de ontem, um grupo de agentes de trânsito estava no local para orientar motoristas e moradores da região, como o aposentado Celso Garcia. Ele mora em uma das ruas próximas ao local e todos os dias usava a Rua Álvaro Alvin para chegar em casa. "Eu sempre entrava na rua pela Mário Tourinho e agora não vou poder mais. Mas se a mudança é para melhorar o trânsito no geral, vou ter de me acostumar", comenta. Tânia Dias Ferreira, proprietária de um salão de beleza e moradora da Rua José Scuissiato, aprova a novidade: "Vou ter de dar uma volta maior para ir ao supermercado, mas antes da mudança, foram feitas muitas melhorias na rua, o que até valoriza o nosso imóvel."

O arquiteto e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Luís Henrique Fragomeni defende que a mudança feita não seria a melhor escolha para facilitar o trânsito naquela região. "Essa mudança é uma solução improvisada, já que as três vias têm caráter residencial e são inadequadas para esse tipo de uso. O ideal seria a construção de um viaduto que ligasse a Heitor Guimarães diretamente à Vicente Machado, passando sobre a Mário Tourinho", afirma.

Já Rosângela garante que a mudança é a melhor forma de garantir a fluidez do trânsito na região. "A possibilidade de construção de um viaduto chegou a ser estudada, mas foi descartada porque ele iria comprometer o comércio da região. Uma obra como essa não pode ser pensada isoladamente."

Fragomeni ainda aponta outros possíveis problemas, como a continuação dos congestionamentos na Heitor Guimarães e a possibilidade de, no futuro, essas vias serem utilizadas como passagem de veículos do transporte coletivo. "As ruas não têm capacidade para suportar o trânsito dos ônibus, já que têm a caixa (largura da rua) estreita e uma topografia acidentada." A diretora da Urbs concorda que haverá uma mudança de característica das ruas, mas diz que as alterações trarão um resultado positivo, assim como em outras regiões que abrigam os novos binários da cidade.

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