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Julgamento foi feito na 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, em Curitiba | Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
Julgamento foi feito na 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, em Curitiba| Foto: Aniele Nascimento/Agência de Notícias Gazeta do Povo
  • Crime ocorreu em 31 de maio de 2011, no bairro Campo de Santana, quando Louise recebeu dois tiros e teve corpo arremessado do alto de ponte

Todas as 12 testemunhas do julgamento de Márcia Nascimento, uma das três acusadas de ter assassinado Louise Sayuri Maeda há mais de dois anos, foram ouvidas nesta terça-feira (6) na 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri, no Centro de Curitiba. A ré, denunciada por homicídio triplamente qualificado, declarou-se culpada, mas a defesa luta para que ela seja condenada por homicídio simples, o que reduziria o tempo de cadeia. A audiência deve se estender até as 23h desta terça-feira (6).

Entre as pessoas que forneceram depoimentos estão familiares da acusada e da vítima que foram incluídos aos autos ao longo do processo. Ainda não é descartada a hipótese de que o julgamento dure mais que um dia.

O caso tramita na Justiça desde de agosto de 2011, quando foi aceita a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) contra três acusados da morte de Louise. Na ocasião, a promotora de Justiça Marilu Schnaider Paraná de Souza considerou que o crime de homicídio foi triplamente qualificado: teve motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e foi cometido para assegurar que outro crime (furto) ficasse impune.

De acordo com o inquérito do caso, o crime foi motivado por vingança e em razão da universitária ter denunciado furtos que vinham ocorrendo no caixa da iogurteria onde trabalhava. O crime ocorreu em 31 de maio de 2011, por volta das 23h57, em uma ponte sobre o Rio Iguaçu, situada na Rua Pellanda, Bairro Campo do Santana, em Curitiba. Louise recebeu dois tiros, e, logo em seguida, seu corpo foi arremessado do alto da ponte.

Segundo as investigações da polícia, no início de maio de 2011, Louise descobriu uma série de irregularidades cometidas por Márcia, entre elas furtos, e sugeriu aos proprietários da empresa que demitissem a funcionária. No dia do crime, Louise e Fabiana Perpétua de Oliveira - outra acusada pelo crime - deixaram juntas o Shopping Mueller, onde fica a iogurteria em que trabalhavam.

Segundo a polícia, Márcia convenceu Fabiana a convidar a vítima para ir a um barzinho. Elas entraram em um Gol, onde Márcia e o outro acusado, Elvis de Souza, as esperavam. Eles seguiram até o bairro Campo de Santana, onde Márcia simulou passar mal. Fora do carro, Louise foi levada a um ponto isolado, onde foi executada, na versão levantada pela polícia.

Relembre o caso

Louise desapareceu em 31 de maio após sair do trabalho. O corpo foi encontrado no dia 17 de junho de 2011 em uma cava do Rio Iguaçu, em Curitiba. Márcia e Fabiana foram detidas na madrugada seguinte à confirmação da morte da universitária. Élvis se entregou à polícia somente no dia 23 de junho, mesma data em que a família fez a cerimônia de despedida e que o corpo de Louise foi cremado. No dia 15 de julho de 2011, uma reconstituição dos fatos foi realizada pela polícia. O procedimento foi realizado com base no depoimento de cada um dos três acusados. No dia 6 de outubro de 2011, o processo foi desmembrado porque a defesa de uma das acusadas pediu um exame de sanidade mental, o que poderia arrastar o trâmite de todo o processo por vários anos.

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