O impasse em torno da adesão do Brasil ao Centro Europeu para a Pesquisa Nuclear (Cern), o mais importante laboratório de Física da atualidade, deixa a diplomacia brasileira sem resposta. Há dois meses, a missão do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) enviou telegramas a Brasília, questionando em que estágio estava o debate interno no governo em relação à adesão ao centro de pesquisas. Até hoje sequer recebeu uma resposta, enquanto a direção do Cern cobra uma posição do País.
Há dois anos, diplomatas brasileiros mediaram a assinatura de uma carta de intenções entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e o Cern. O evento foi comemorado como o primeiro passo para a entrada do País no centro europeu. Mas, desde então nada ocorreu.
O ex-ministro Aloizio Mercadante, atualmente titular da pasta da Educação, chegou a visitar Genebra e prometeu acelerar o processo de adesão ao laboratório de ponta. A direção do Cern entendeu a visita do ministro como um sinal de que o processo avançaria. Uma vez mais, porém, nada ocorreu.
Em maio, a diplomacia brasileira em Genebra decidiu questionar o governo brasileiro sobre o andamento do processo, por meio de um telegrama enviado para Brasília. Nunca recebeu sequer uma resposta.
Uma situação similar foi vivida pelo Brasil nos anos 1990. O então presidente Fernando Collor de Mello foi convidado a fazer parte da construção do acelerador de partículas, sem qualquer custo e em troca de acesso a minérios que poderiam ser usados na fabricação da máquina. O processo não caminhou e o Brasil ficou de fora do maior experimento da Física moderna. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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