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 | Marcelo Elias  /Gazeta do Povo/Arquivo
| Foto: Marcelo Elias /Gazeta do Povo/Arquivo

O advogado Gustavo Scandelari, que compõe a defesa do ex-deputado Luiz Fernando Ribas Carli Filho, criticou o que chama de “novelização” do caso e afirmou que existem muitas “lendas urbanas” em torno do acidente que envolveu seu cliente e que terminou com a morte de dois jovens. O julgamento do ex-parlamentar foi suspenso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), deferiu uma liminar ao pedido de habeas corpus impetrado pela defesa.

“A novelização não traz benefício nenhum à sociedade. Aumenta o risco de pressionar o julgador, que é uma pessoa, que precisa de toda serenidade para chegar a sua decisão. Tudo isso foge ao habitual”, apontou o advogado.

Scandelari também criticou a audiência realizada nesta sexta-feira (15), entre a deputada federal Christiane Yared – mãe de um dos jovens mortos no acidente – e o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski – autor da decisão que suspendeu o julgamento. Na avaliação do advogado de Carli Filho, o habeas corpus é ação que envolve a defesa a o Judiciário. Por isso, ele considera ilegítima a intervenção da família da vítima.

“O habeas corpus é uma ação da qual a vítima não faz parte. Acho curioso que uma pessoa que é parte do processo solicite audiência com o ministro para lhe fazer pedidos”, apontou Scandelari. “A deputada alega influência e poder político do nosso lado, mas ela é a única pessoa que detêm cargo político e está buscando o contato com o Judiciário, o que me parece muito criticável”, emendou.

Lendas urbanas

O defensor também comentou suposições apresentadas pela família Yared, que chegou a mencionar que teria ocorrido um racha. A declaração foi feita em uma postagem em uma rede social por Gilmar Yared – marido de Christiane e pai de uma das vítimas. “Isso é um absurdo. É lenda urbana. Esse caso está recheado de lendas urbanas”, comentou o advogado de Carli Filho. “O carro [de Carli Filho] não era blindado, não houve racha [antes do acidente], o velocímetro não estava travado em 190 km/h, não sumiram imagens de câmeras de segurança”, afirmou Scandelari.

Acidente de trânsito

Na avaliação de Scandelari, o caso se trata de um acidente de trânsito. Ele argumenta que a batida teria sido provocado porque o Honda Fit em que as vítimas trafegavam furou a preferencial, sendo atingido pelo carro dirigido por Carli Filho. Por causa disso, o advogado entende que o caso deve ser julgado como duplo homicídio culposo - sem a intenção de matar.

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