• Carregando...

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai pedir explicações ao laboratório Isofarma pela dificuldade que hospitais encontram na hora de comprar o medicamento gliconato de cálcio. O suplemento intravenoso é utilizado no tratamento hospitalar de pacientes com deficiência nos índices de cálcio no organismo. A agência reguladora diz que a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa) relatou ao órgão federal que está tendo dificuldades para comprar o produto.

O problema de abastecimento dos estoques do remédio começou a ocorrer depois que a Anvisa suspendeu quatro lotes de gliconato (ou gluconato) de cálcio 10% da Isofarma. Esses lotes, conforme informou a agência em nota, foram produzidos em 2013. "O motivo específico da suspensão foi a presença de material estranho com flocos escuros", informou a Anvisa, sem detalhar do que era composta essa matéria estranha.

A Isofarma é responsável por 80% do abastecimento do mercado brasileiro de gliconato de cálcio, mas não informou nenhum problema à vigilância sanitária. "A Anvisa não recebeu nenhuma comunicação dos fabricantes sobre descontinuação de fabricação temporária ou definitiva ou redução na quantidade fabricada que possa causar desabastecimento", diz a nota.

A agência também disse que o Ministério Público Federal solicitou informações sobre o desabastecimento. Foi esse fato que motivou a Anvisa resolver que vai solicitar informações à Isofarma sobre descontinuação de fabricação temporária ou definitiva ou redução na quantidade fabricada. A Anvisa também não descarta importar o medicamento de outros países, caso seja necessário.

Evangélico

O Hospital Evangélico, em Curitiba, um dos principais do Paraná, confirmou ontem que estava sem gliconato de cálcio no estoque por não conseguir comprar o produto. A instituição está há 20 dias sem o suplemento, mas que nenhum atendimento foi interrompido por causa disso. Outros remédios são utilizados para substituir o produto, conforme informou a instituição de saúde. Segundo a Sesa, nenhum hospital da rede administrada pela pasta está sem o medicamento. O mesmo informou o Hospital de Clínicas. Os hospitais do grupo Marista (Cajuru, Marcelino Champagnat, Maternidade Alto Maracanã, Santa Casa de Curitiba e Unidade Intermediária de Crise e Apoio à Vida) informaram que estas unidades ainda possuem estoques do gliconato de cálcio.

A reportagem entrou em contato com o laboratório Isofarma, mas as atendentes disseram não poderiam repassar o telefone direto dos responsáveis. Até o fim da tarde de ontem, ninguém do laboratório retornou o contato.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]