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Brasília – Discretamente, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), retomou ontem suas atividades como parlamentar depois de pedir uma licença médica de dez dias. Interlocutores de Renan informaram que ele não pretende dar entrevistas, por enquanto.

A aliados, Renan informou que pretende adotar uma postura mais discreta daqui para a frente. A estratégia do peemedebista será evitar discursos públicos ou discussões polêmicas para não puxar para si os holofotes da crise política.

Renan disse a aliados que conseguiu sair do "centro das atenções" na Casa Legislativa – o que considera positivo já que responde a quatro processos por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.

O senador encerrou uma bateria de exames na semana passada, com revisão oftalmológicas e teste de esforço. Renan se afastou da presidência do Senado por 45 dias no dia 11 de outubro. Pouco depois, também pediu licença médica de dez dias do mandato para manter-se afastado da Casa. Durante o período, manteve-se recluso na residência oficial da presidência do Senado, evitando lugares públicos e eventos políticos.

O Conselho de Ética deve retomar na semana que vem as discussões sobre os processos contra Renan. O senador Jefferson Peres (PDT-AM) prometeu entregar até o dia 15 o relatório da terceira denúncia contra o peemedebista – na qual Renan é acusado de usar "laranjas" para comprar um grupo de comunicação em Alagoas.

O processo é considerado o mais grave contra o senador, já que as acusações foram reveladas pelo usineiro João Lyra – ex-aliado de Renan que se tornou seu adversário político no estado.

Novas eleições

Apesar do retorno de Renan, o PMDB trabalha nos bastidores para realizar, até fim deste ano, novas eleições para a presidência do Senado. Como o partido espera que o senador se afaste em definitivo da presidência do Senado, os peemedebistas se articulam para emplacar o novo presidente da Casa – com o objetivo de evitar disputas dentro da base aliada. "Se tivermos um desfecho dos processos (contra Renan no Conselho de Ética do Senado) até novembro, dá para fazer eleição até dezembro", disse o líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp (RO).

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