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Após 13 dias de paralisação, servidores de Araucária, na região metropolitana de Curitiba, voltaram aos trabalhos nesta terça-feira (17). A retomada dos serviços foi decidida em assembleia realizada na segunda, depois de uma proposta feita pela prefeitura do município aos trabalhadores.

Segundo o Sindicato dos Funcionários Públicos de Araucária (Sifar), o acordo não abrange todas as reivindicações da categoria, mas, mesmo assim, os servidores decidiram voltar aos trabalhos pelo fato de a administração municipal ter se comprometido a cumprir as propostas por meio de um calendário de pagamento.

Entre as três principais conquistas da classe está o reajuste salarial de 7% (reposição da inflação), marcado para fevereiro de 2014. De acordo com a entidade, a prefeitura também se propôs a pagar, em quatro parcelas, os avanços de qualificação retroativos a 2013 a partir de janeiro do próximo ano. Os avanços, segundo o sindicato, estão congelados desde janeiro. Além disso, a proposta também contempla o não lançamento das faltas dos trabalhadores durante o período de greve, bem como a retirada de todos os processos movidos contra a entidade.

"Houve um avanço no sentido que eles [representantes da administração municipal] apresentaram uma proposta com datas claras, que era o que a gente não tinha. Araucária é um município rico. A gente sabe que houve diminuição na arrecadação, mas não acabou o dinheiro", declarou a diretora do Sifar, Maria Luiza Feliciano de Souza.

A paralisação, que começou no último dia 4, afetou principalmente as escolas e as unidades de saúde do município. Nos três primeiros dias de greve, todos os serviços afetados pela paralisação trabalharam com um efetivo máximo de 30% dos trabalhadores. No entanto, uma decisão do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) expedida no dia 6 obrigou que os serviços públicos do município voltassem a operar com, pelo menos, 50% dos servidores.

Aulas serão repostas

As aulas afetadas nas 42 escolas municipais de Araucária serão repostas, afirmou nesta terça o Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal (Sismar). Segundo a entidade, o calendário que irá definir a reposição será fechado ainda esta semana entre os diretores dos colégios e a Secretaria de Educação da cidade.

Os cerca de 20 mil alunos da rede municipal ficaram três dias sem aula em nenhum período, e seis dias com classes até o horário do recreio, tanto pela manhã como pela tarde. O sindicato ainda não sabe informar se o conteúdo atrasado será lecionado aos sábados ou em uma semana após o fim do calendário escolar, em dezembro.

Prefeitura

A Prefeitura de Araucária, que alegou falta de dinheiro para negociar com os servidores em greve, confirmou as propostas informadas pelo Sifar. Em nota encaminhada por meio de sua assessoria de imprensa, a administração ressalta, no entanto, que os avanços salariais só serão pagos "mediante disponibilidade financeira".

Segundo o órgão, o acordo foi importante porque "restabelece integralmente os serviços à população afetados nos últimos dias". A prefeitura acrescentou ainda que os salários estão rigorosamente em dia e que o 13º salário dos servidores será pago até o fim do ano, dentro do prazo legal.

Segundo a nota, a administração vem revendo ações para reduzir custos operacionais e fazer economia. "Contratos, como de alugueis, estão sendo revistos e há também medidas para elevar a arrecadação do município".

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