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A retirada da frota irregular das ruas criaria uma série de conseqüências para as cidades e, inclusive, para o Detran. Os pátios do órgão estão, geralmente, lotados. Seria necessária a construção de outros espaços para abrigar os veículos com as obrigações vencidas. Conforme o Detran, não há estudos sobre o número de pátios para abrigar os ilícitos. Seria preciso avaliar a frota de cada município e as estatísticas de infrações para se chegar a um consenso sobre a instalação de novos abrigos.

Para o professor do programa de mestrado e doutorado em Gestão Urbana da PUC, Tomás Moreira, é necessário educar antes de punir. Em sua avaliação, blitzes de orientação nas estradas e vias importantes da cidade devem estipular prazo para colocar em dia as obrigações. "O Detran teria como controlar e saberia se o carro foi regularizado. Caso contrário, retiraria o veículo das ruas", diz. "20% ou 25% é um índice muito alto. Só a educação pode fazer com que as pessoas regularizem os veículos", completa.

A medida faria o número de usuários da rede de transporte coletivo crescer. Em Curitiba, quase 110 mil veículos deixariam de rodar. As estatísticas apontam que cada veículo transporta, em média, 1,7 pessoa. Com isso, o número de cidadãos que migrariam para o transporte coletivo se aproximaria de 200 mil. Isso, conforme Clovis Ultramari, professor do programa de Gestão Urbana da PUC, criaria outro problema. "O transporte coletivo teria que estar preparado para absorver a nova demanda. Hoje, com a quantidade de passageiros atual, o sistema está frágil", opina. (VB)

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