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Isabella, 5 anos: antes de ser jogada do 6º andar do edifício em que o pai morava, menina teria sido estrangulada | Werther Santana/AE
Isabella, 5 anos: antes de ser jogada do 6º andar do edifício em que o pai morava, menina teria sido estrangulada| Foto: Werther Santana/AE

A morte da menina Isabella Nardoni, jogada da janela do apartamento do pai, completa um ano neste domingo, mas somente agora começam os preparativos para o julgamento de seu pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá, acusados do crime.

Mesmo com recursos da defesa para protelar o júri popular, o promotor Francisco Cembranelli acredita que o casal será julgado no início do segundo semestre no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, o mesmo onde foi julgada Suzane Richthofen, condenada a 39 anos de prisão pela morte dos pais.

Alexandre e Anna Carolina respondem por homicídio doloso triplamente qualificado e por fraude processual, pela alteração da cena do crime. Os advogados já entraram com 11 habeas-corpus pedindo a libertação do casal. Oito foram negados e três ainda estão em andamento. Segundo a polícia, Isabella, de 5 anos, teria sido estrangulada e arremessada do 60 andar do Edifício London, na zona norte de São Paulo.

Cembranelli disse que as testemunhas de acusação trouxeram ao processo detalhes importantes sobre o comportamento do casal. Ele só vai revelar todos os detalhes no julgamento, que deve demorar pelo menos dois dias. Ele diz ter munição para provar que o casal matou a menina. O processo tem 22 volumes e 5 mil páginas.

"Existem muitos elementos novos, mas não posso revelar porque a defesa vai sair correndo atrás para tentar neutralizar. Não posso falar que tenho uma carta na manga porque vou receber um milhão de telefonemas de pessoas que vão querer sondar. Mas tenho argumentação contundente e ótimo acervo probatório", disse Cembranelli.

No julgamento, o promotor vai reconstituir o dia do assassinato, 29 de março. Ele pretende refazer o percurso do carro do pai de Isabella no dia. Segundo a polícia, Isabella começou a ser agredida ainda no veículo, na volta da casa dos pais de Anna Carolina, em Guarulhos. "Temos o percurso do carro, já que o veículo tinha rastreador. Sabemos se houve paradas do veículo e até se a ignição foi desligada. Temos detalhes do GPS e alterações de segundos da trajetória, de passagens por determinados pontos que serão explorados no momento oportuno", diz o promotor.

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