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Programação

Veja aqui quais são os eventos planejados em Curitiba para os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

Violência contra a mulher

Mesmo depois da Lei Maria da Penha entrar em vigor em 2006, as taxas de mortalidade de mulheres por agressão não diminuíram, como aponta estudo do ano passado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O levantamento revela que a proporção de feminicídios por 100 mil mulheres em 2011 (5,43) superou o patamar observado em 2001 (5,41).

Entre os estados da Região Sul, o Paraná é o que mais registrou assassinatos de mulheres no período de 2009 a 2011, totalizando 6,49 feminicídios a cada 100 mil mulheres no período. O número é superior à média nacional, que é de 5,82. Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram índices de, respectivamente, 3,28 e 4,64.

As atividades da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres" começaram nesta quinta-feira (20) em Curitiba com o início das obras da Casa da Mulher Brasileira, local que vai abrigar todos os serviços de atendimento à mulher vítima de violência até abril de 2015.

O evento acontece em diversas partes da cidade até o próximo dia 8 e ocorre simultaneamente em mais de 150 países. Ao todo serão 19 dias com 50 atividades culturais, como atos públicos, caminhadas, seminários, palestras e oficinas (veja box ao lado).

Para a secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro, a principal meta da campanha é estimular a participação de todos no debate sobre o enfrentamento da violência contra as mulheres, além de orientar sobre a Lei Maria da Penha e os direitos de acesso aos serviços especializados da Rede de Atendimento à Mulher em Situação de Violência. "A mobilização serve para lembrar que sem o respeito aos direitos das mulheres não há direitos humanos", sentencia Roseli. "A luta consiste na conquista de direitos e também na possibilidade de exercê-los."

Unificação dos serviços à mulher vítima de violência

A Casa da Mulher Brasileira ficará na Avenida Paraná, 160, no bairro Cabral, e vai reunir todos os serviços de atendimento à mulher vítima de violência doméstica, como a Delegacia da Mulher e os núcleos do Juizado da Violência Doméstica e Familiar, do Ministério Público Estadual e da Defensoria Pública. Serão aplicados R$ 7,3 milhões na construção, segundo a prefeitura de Curitiba. A Casa deve ser concluída em abril de 2015 e terá capacidade para atender 4 mil mulheres por mês.

A secretária explica que a unificação dos serviços vai facilitar a busca pelos atendimentos dos diversos órgãos, que hoje se encontram espalhados em diferentes partes da cidade. "Queremos evitar que a vítima da violência se perca no caminho de acesso aos atendimentos públicos. A Casa vai facilitar o serviço de forma mais qualificada e humanizada", completa. O empreendimento integra o programa do governo federal "Mulher, Viver sem Violência".

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