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Nova turma do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar deveria ter começado em março de 2015, mas ainda não há previsão de início das aulas. | Marcelo Andrade/Arquivo /Gazeta do Povo
Nova turma do Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar deveria ter começado em março de 2015, mas ainda não há previsão de início das aulas.| Foto: Marcelo Andrade/Arquivo /Gazeta do Povo

Os futuros cadetes da Polícia Militar do Paraná deveriam começar no primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO) de 2015 em março, mas estão há três meses sem resposta sobre o início dos estudos. São 40 cadetes da PM e 20 do Corpo de Bombeiros. O motivo apurado pela Gazeta do Povo seria a falta de verba para o pagamento dos salários dos novos militares. A informação, entretanto, não é confirmada pela PM.

Muitos alunos que já estão no curso recebem salários defasados em relação a patente que possuem. O comando da Academia Policial Militar do Guatupê (APMG) teria decidido atrasar o início do curso de 2015 para que os novos cadetes não fiquem sem salários. “Inclusive alguns aspirantes e tenentes [policiais já formados pelo CFO] estão recebendo como alunos do segundo ano do curso”, diz um policial ouvido pela reportagem, que preferiu não se identificar.

Muitos candidatos abandonaram trabalho e faculdade no início do ano à espera da nomeação para os cargos, que ainda não aconteceu. Com isso, muitos seguem na incerteza e não podem trabalhar ou começar outro curso universitário. Um dos cadetes disse que abandonou um curso na Universidade Federal do Paraná (UFPR), mas agora está sem o emprego como policial. “Estou sem o que fazer até ser chamado pelo estado”, reclama o futuro cadete, que também não quis se identificar.

CFO

O Curso de Formação de Oficiais da Polícia Militar é realizado todos os anos. Para entrar no curso, o candidato passa por testes teóricos, exames físicos e psicológicos. Tem duração de três anos e, ao final, o cadete é promovido a aspirante da corporação

O atraso no curso pode refletir na carreira dos futuros cadetes e na formação de outros oficiais, como explica o coronel Eliseu Furquim. “Isso não permite que outros policiais tenham acesso a graduações. O policial perde em antiguidade, em promoção. Não é segredo para ninguém que o estado está com dificuldades financeiras, mas esperamos que se garantam os recursos para o curso”, diz. Para o coronel, o atraso no curso deste ano pode acarretar problemas para os cadetes ingressarem na corporação em 2016.

Início garantido

Questionada sobre o atraso no curso e problemas nos pagamentos, a PM, em nota, respondeu que “o atraso se deu por conta de alguns exames previstos no edital do concurso” e que o CFO 2015 deve começar ainda em junho. “O protocolo para nomeação dos candidatos também já foi encaminhado. A Academia Policial Militar do Guatupê está preparada para receber os alunos”, diz a nota.

O protocolo passou pela Secretaria da Fazenda e na última sexta-feira (19) estava em trâmite na Secretaria de Segurança Pública. O documento passa por outras pastas até ser definitivamente autorizado pelo governador Beto Richa.

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