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Veja os números de Cognópolis:

• 7 condomínios

• 17 instituições da conscienciologia

• 6.162 dicionários

• 91.444 livros e obras escritas

• 524.159 recortes de periódicos

• 709 voluntários, dos quais 145 professores, 88 psicólogos e 35 médicos

• 37 edificações de alvenaria e 5 de madeira

• 4.601 periódicos diferentes do mundo inteiro

Um bairro em plena zona rural de Foz do Iguaçu resgata o conceito da democracia ateniense e atrai profissionais e empresários de diferentes lugares do país e do mundo. Chamado de Cidade do Conhecimento, Cognópolis conta com sete condomínios residenciais, área de preservação ambiental e uma das maiores coleções de dicionários do Brasil, com cerca de 6,2 mil exemplares. Periodicamente, os moradores se reúnem em assembleias para tomar decisões.

Criado em 2009 pelo decreto municipal 18.887 , Cognópolis, do latim cognitio (conhecer) e do grego pólis (cidade), é um lugar onde a educação é prioridade. Por isso, estudar e questionar são dois verbos presentes na rotina dos moradores. "Estudo, eis tudo", é uma frase recorrente por lá.

Entre os inúmeros ambientes do bairro estão o Holociclo, onde estão expostos dicionários, enciclopédias, revistas e jornais, e a Holoteca, local que abriga 277 tipos de coleções culturais. São livros, selos, conchas, brinquedos e uma gibiteca com cerca de 30 mil exemplares, uma das maiores da América Latina.

A Aleia dos Gênios, passarela de 260 metros com 130 bustos de personalidades que deixaram um legado para a humanidade, é um dos trajetos que fazem parte da paisagem urbanística do bairro. Bastante visitada por estudantes, a aleia tem esculturas de expoentes da ciência, filosofia, escrita e educação, incluindo Galileu Galilei, Monteiro Lobato, Mari Curie e a médica sanitarista Zilda Arns.

A democracia é um dos temas de estudo e prática dos cognopolitas. Eles aplicam a chamada democracia pura, sistema no qual a população se autogoverna, sem intermediários.

Assembleias para tomada de decisões sobre as diretrizes internas do bairro são organizadas periodicamente pelo Conselho dos 500, fórum inspirado em um modelo que surgiu em Atenas, a mais próspera cidade-estado grega, para viabilizar a participação popular nas decisões públicas.

O Conselho dos 500 de Cognópolis começou a funcionar em 2010 para aplicar a democracia pura e hoje tem 374 pessoas cadastradas. Foi de uma deliberação do Conselho que surgiu a Associação dos Moradores de Amigos do Bairro Cognópolis (Amac) em funcionamento.

"O propósito da Amac é fazer reivindicações éticas às autoridades públicas para as melhorias do bairro. A associação não possui nenhum tipo de vinculação com partido político", diz o presidente da Amac, o psicólogo e professor universitário Ivo Valente.

Atualmente a Amac reivindica o asfaltamento das avenidas Maria Bubiak e Felipe Wandscheer, que passam pelo bairro e são consideradas estratégicas para Foz do Iguaçu.

Uma ágora, praça pública para realização de debates e assembleias, aos moldes da existente na Grécia, será construída na Cognópolis para ser palco das reuniões do Conselho dos 500 e incentivar a participação política dos moradores.

Um lugar com a marca do voluntariado para a formação educadional

Idealizado pelo médico e professor Waldo Vieira, Cognópolis é conhecido por ser o Bairro do Voluntariado. A maioria dos moradores do lugar é de voluntários da Conscienciologia, ciência voltada ao estudo da consciência (nós mesmos). São inúmeros profissionais, entre professores, médicos e arquitetos que doam o tempo livre para manter e participar de atividades em Cognópolis.

Um deles é o médico Pedro Fernandes, 38 anos. Pelo menos quatro vezes por semana ele participa de debates e cursos em Cognópolis. Fernandes trocou Brasília por Foz do Iguaçu há 10 anos e diz que a mudança valeu a pena. "A maior satisfação de estar na Cognópolis é poder assistir e participar da construção de um polo cultural democrático capaz de aprimorar a formação educacional pessoal e coletiva" , diz.

Pelo menos 80 cognopolitas já publicaram livros. As instituições do bairro contam com revistas, jornais e canais de comunicação via internet e uma área empresarial.

Quando se trata de obras, o mais recente projeto em andamento é a construção de um hotel chamado Mabu Interludium Iguassu, cuja administração ficará sob responsabilidade da Rede Mabu de Hotéis. O empreendimento, previsto para ser inaugurado em junho de 2014, terá 100 leitos com capacidade para atender 200 pessoas. Piscina, área verde com trilha, pomar e um salão de eventos para 500 pessoas também fazem parte do hotel que totalizará 6.500 metros de área construída.

Outro projeto em evidência é o Megacentro Cultural Holoteca. Ambiente educacional com exposições e anfiteatro, cujo projeto arquitetônico é assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o megacentro terá uma área de 12 mil metros quadrados e deve ser inaugurado no segundo semestre de 2015.

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