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Curitiba

Batedores de carteira aterrorizam região central

Brasil imperial é pano de fundo para "Mauá" | Divulgação/Columbia TriTar Filmes
Brasil imperial é pano de fundo para "Mauá" (Foto: Divulgação/Columbia TriTar Filmes)

Início de mês. Dias em que a população sai às ruas para fazer pagamentos, depósitos, receber salários e aposentadorias. Período propício para batedores de carteira agirem no Centro da capital. Segundo dados do 1.° Distrito Policial, responsável pela segurança da área central de Curitiba, nos primeiros sete meses deste ano 68 prisões foram feitas em flagrante por crime de furto. Número considerado baixo pelos comerciantes e pelas pessoas que circulam pelo Centro, que dizem presenciar várias ações dos bandidos diariamente.

Ontem pela manhã, na Rua José Loureiro, a menos de 200 metros de um posto policial, o comerciante Rodrigo Luiz de Souza teve a loja invadida por um rapaz que furtou sua carteira. Souza correu atrás do ladrão, pegou a carteira de volta e com a ajuda de outros lojistas segurou o rapaz. Edgar Machado dos Santos, 28 anos, foi detido por policiais e encaminhado à delegacia. "Eu e mais alguns vizinhos de loja pegamos ele no outro quarteirão, na Pedro Ivo", explicou. A prisão foi acompanhada pela reportagem.

Outro flagrante acompanhado pela reportagem foi por volta das 16h30. Um homem tentou furtar um jovem que transitava com a mãe pela José Loureiro. Magno Bertoti, 17 anos, impediu que o ladrão levasse os pertences dele e da mãe. "Ele veio agarrando nossas coisas, então dei um soco na cara dele." O homem, com a boca sangrando, saiu andando do local. A polícia foi avisada. Aproximadamente 15 minutos depois, o homem estava a três quadras dali, sentado em um banco da Praça Eufrásio Correia.

Em outros três casos ocorridos ontem, os bandidos conseguiram lesar as vítimas. Também na José Loureiro, um homem, que não revelou a identidade, teve seus pertences levados por um grupo de pessoas. Logo após o furto, ele foi agredido. O homem sofreu um corte profundo na cabeça e teve de ser socorrido pelo Siate. A viúva Jandira Aurora, 64 anos, ficou sem a bolsa em que carregava documentos, dinheiro, cartões de créditos e comprovantes de pagamento. "Um homem e uma mulher entraram na lotérica na Praça Tiradentes, onde eu estava e deixaram cair um papel. Quando fui pegar, ela me distraiu e o rapaz arrancou a minha bolsa", conta.

Segundo o superintendente do 1.° Distrito Policial, Adolfo Rosevics Filho, os furtos na área central estão sendo combatidos. "Já fizemos um mapeamento dos pontos mais críticos. Estamos concentrando o policiamento para combater os furtos na rua, ônibus, lojas, bancos e casas lotéricas. Estamos confeccionando uma cartilha com dicas e informações de como se proteger deste e de outros tipos de crime", afirmou. "Vale lembrar que o cidadão deve cobrar, mas também deve ajudar a polícia registrando o boletim de ocorrência", finaliza Rosevics.

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