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Um tumulto marcou a abertura, ontem, da 29.ª Bienal, no Parque do Ibirapuera, e provocou seu fechamento antes do horário previsto, às 19 horas. Por volta das 18h20, um rapaz invadiu a instalação Bandeira Branca, do artista Nuno Ramos, e pichou a frase "liberte os urubu (sic)". Houve confronto e troca de agressões entre os seguranças, grupos de defesa dos animais e pichadores. A polícia foi à Bienal.

No meio do tumulto, um casal foi levado para o 36.º DP, acusado da pichação. Eles negaram. O rapaz detido pela polícia entregou à reportagem do jornal O Estado de S.Paulo um cartão com a inscrição "Rafael Pixobomb", nome de integrante do grupo que fez pichações na Bienal de 2008. O casal não foi preso, segundo a polícia. Os dois e mais 10 integrantes de associações de defesa dos animais registraram boletim de ocorrência alegando ter sido agredidos pelos seguranças que, por sua vez, diziam ter sido as vítimas e agredidos. As pessoas que prestaram queixa diziam que o pichador Djan Ivson havia feito a inscrição na obra. Ele não foi localizado.

Nuno Ramos não quis dar queixa e não será aberto inquérito para investigar crime ambiental. Ontem, Nuno Ramos ainda decidiu que sua obra seria restaurada para, a partir de hoje, já ser vista sem a pichação.

"A palavra, para mim, é triste. Nesse lugar que é a Bienal, o outro aparece numa condição de agressão. Não estou chocado, não estou com raiva, vejo como algo atrasado", afirmou.

A confusão em torno da obra ocorreu durante manifestação ambientalista ao lado da polêmica instalação do artista, que abriga três urubus em seu interior.

Mas segundo alguns manifestantes durante o tumulto, a invasão ocorreu em protesto à seção "Pichação", que reúne vídeos e fotos de pichadores e seus trabalhos. Para eles, a Bienal quer "domesticar" o gênero. "Discordâncias devem ser expostas, mas dentro do respeito", afirmou o curador Moacir dos Anjos. "Foi o ato de uma pessoa do mesmo grupo que participa da 29.ª Bienal", disse ainda o curador. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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