A relação turbulenta entre a estudante Isadora Faber, de 13 anos, e a Escola Básica Maria Tomázia Coelho, de Florianópolis (SC), vai acabar na Justiça. Um dia depois de Isadora prestar esclarecimentos na 8.ª Delegacia de Polícia sobre um dos textos publicados em seu blog Diário de Classe no qual expõe as mazelas da escola pública onde cursa o 7.º ano do ensino fundamental , o delegado Marcos Alessandro Vieira Assad anunciou ontem que vai encaminhar para a Delegacia da Criança e do Adolescente a denúncia de calúnia e difamação feita contra Isadora, apresentada pela professora de Português da estudante, por meio de um boletim de ocorrência.
De acordo com o delegado, a denúncia surgiu depois que a estudante escreveu no blog que se sentiu perseguida e humilhada pela professora. Em uma das aulas, a professora levou três assuntos para serem abordados pelos alunos. Entre eles, estava o tema "internet e eleição". Isadora entendeu que a escolha desse assunto era uma retaliação direta à criação do blog.
"A estudante, resolveu desabafar no Facebook. O post recebeu vários comentários, que em alguns casos teriam usado expressões consideradas ofensivas em relação à professora", afirmou o delegado.
O depoimento de Isadora veio à tona também pela rede social. "Nunca tinha entrado numa delegacia antes, mas todos me trataram muito bem. Estranhei, pois para mim o assunto já estava encerrado desde o início do mês, quando ela me pediu desculpas e eu aceitei e publiquei. Como vocês podem ver, não é fácil manter o blog no ar."
-
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
-
“A ditadura está escancarada”: nossos colunistas comentam relatório americano sobre TSE e Moraes
-
Jim Jordan: quem é campeão de luta livre que chamou Moraes para a briga
-
Aos poucos, imprensa alinhada ao regime percebe a fria em que se meteu; assista ao Em Alta
Justiça suspende norma do CFM que proíbe uso de cloreto de potássio em aborto
Relatório americano expõe falta de transparência e escala da censura no Brasil
STF estabalece regras para cadastro sobre condenados por crimes sexuais contra crianças
Órgão do TSE criado para monitorar redes sociais deu suporte a decisões para derrubar perfis
Deixe sua opinião