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Presidente disse que Brasil tem problemas mais graves do que racismo. CEO da empresa cobrou providências.
Presidente disse que Brasil tem problemas mais graves do que racismo. CEO da empresa cobrou providências.| Foto: AFP

Um dia depois do assassinato de um homem no pátio de uma loja do Carrefour em Porto Alegre, o presidente Jair Bolsonaro postou uma série de mensagens no Twitter nas quais nega racismo no Brasil e diz que é "daltônico" por não ver cor de pele. Para Bolsonaro, quem prega conflitos e discórdia deve ir para o "lixo". O presidente disse ainda que os problemas do País vão além das questões raciais.

"Não nos deixemos ser manipulados por grupos políticos. Como homem e como Presidente, sou daltônico: todos têm a mesma cor. Não existe uma cor de pele melhor do que as outras. Existem homens bons e homens maus. São nossas escolhas e valores que fazem a diferença", escreveu Bolsonaro. "Aqueles que instigam o povo à discórdia, fabricando e promovendo conflitos, atentam não somente contra a nação, mas contra nossa própria história. Quem prega isso está no lugar errado. Seu lugar é no lixo".

Nos tuítes, Bolsonaro tentou passar a ideia de que existem interesses para criar tensões no país e apelou para o discurso da união. "Um povo unido é um povo soberano, um povo vulnerável é mais fácil de ser controlado. E há quem se beneficie politicamente com a perda da nossa soberania", disse.

CEO

O CEO global do Carrefour, o francês Alexandre Bompard, afirmou, ainda na tarde de sexta-feira (20), que a empresa "não compactua com racismo e violência" e que pediu ao Grupo Carrefour Brasil que "seja realizada uma revisão completa das ações de treinamento dos colaboradores e de terceiros no que diz respeito à segurança respeito à diversidade e dos valores de respeito e repúdio à intolerância".

Em uma série de mensagens em português em sua conta no Twitter, o executivo afirmou que as imagens que mostram seguranças do Carrefour espancando até a morte João Alberto Silveira Freitas em Porto Alegre são "insuportáveis".

De acordo com Bompard, medidas internas foram imediatamente tomadas pelo Grupo Carrefour Brasil, principalmente em relação à empresa de segurança terceirizada, mas essas medidas, na visão do executivo, são insuficientes. "Meus valores e os valores do Carrefour não compactuam com racismo e violência. Espero que o Grupo Carrefour Brasil se comprometa, além das políticas já implantadas pela empresa", disse ele.

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