• Carregando...
João Bombeirinho, com a mãe, Ana: ele tem leucemia linfoide aguda, doença que afeta as células brancas do sangue | Hugo Harada/ Gazeta do Povo
João Bombeirinho, com a mãe, Ana: ele tem leucemia linfoide aguda, doença que afeta as células brancas do sangue| Foto: Hugo Harada/ Gazeta do Povo

Situação

Garoto será internado uma semana antes do procedimento

Em Curitiba desde o dia 10 de setembro, João Bombeirinho está recebendo acompanhamento ambulatorial contínuo para saber se as condições clínicas dele permanecem constantes. Se nada de anormal for diagnosticado até o dia 24, ele estará apto para ser submetido ao procedimento. Para a mãe do menino, Ana Estevan, a conquista do doador representa uma grande vitória na vida da família. "Estamos muito otimistas, ansiosos e também muito agradecidos a Deus por essa chance de vitória, que é a cura do João."

A internação de João ocorrerá uma semana antes do transplante. Durante esse tempo, ele passará por sessões de quimioterapia e radioterapia, o que, de acordo com o hematopediatra do HC, é feito para eliminar a medula ‘doente’ e prepará-lo para receber a nova.

O transplante de medula óssea do menino João Daniel de Barros, o João Bombeirinho, de 6 anos, está marcado para o próximo dia 24. A informação foi confirmada na manhã de ontem pelo médico hematopediatra do Serviço de Transplante de Medula Óssea do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná Lizandro Lima Ribeiro, que acompanha o caso da criança. Como o doador da medula compatível reside nos Estados Unidos, se necessário, pode ocorrer nova alteração da data.

Inicialmente, o procedimento do garoto estava marcado para ontem, mas por causa da greve que atingiu o HC neste ano e também devido à disponibilidade do doador, a data teve de ser remarcada. A medula do doador será coletada no dia 23 de outubro, um dia antes do transplante.

De acordo com Ribeiro, o fato do doador não ser da mesma família não prejudica os resultados do tratamento. "Ter um doador não aparentado (de família diferente) altera pouco o processo. O tratamento acaba sendo um pouco mais complexo, é preciso de mais cuidados, mas não interfere nos resultados."

Segundo o médico, dos 70 centros de transplantes de medula que existem no Brasil, poucos deles realizam essa modalidade do procedimento, o que prejudica aqueles que precisam receber uma medula saudável. "Muitas vezes os pacientes acabam morrendo na fila de espera por uma vaga. É importante o aumento no número de centros que fazem essa modalidade para que mais pacientes se beneficiem e fiquem um período menor na fila de espera."

Transplante

João Bombeirinho, que se tornou símbolo no Paraná da campanha de doação de medula, é de Maringá. Desde 2007 luta contra a leucemia linfoide aguda, doença que afeta as células brancas do sangue. Depois de passar por um primeiro tratamento sem resultados, o menino precisou entrar na fila de transplante de medula óssea para tentar uma recuperação mais precisa. No final do último mês de agosto, a família dele anunciou que haviam encontrado um doador, fora do país, com 90% de compatibilidade, o que já é satisfatório para o transplante.

Conforme Ribeiro, a chan­ce de que os resultados do procedimento sejam positivos é de 70%. "O maior risco para ele é que a doença volte após o transplante, assim como para a grande maioria das crianças que passa por isso. Não temos como dar a garantia de que a doença não vai voltar, mas já é um grande passo", afirma o médico.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]