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São Paulo - A partir de 2010, o CFC (gás clorofluorcarbono) deixará de ser produzido em todo o mundo. Para alertar a classe médica sobre as conseqüências da medida, o Ministério do Meio Ambiente montou um estande no 24º Congresso Brasileiro de Pneumologia, que começou ontem, em Brasília. As informações são da Agência Brasil.

A indústria farmacêutica é o único setor no Brasil que ainda usa o gás, principalmente como propelente em sprays contra asma, doença que afeta mais de 12 milhões de brasileiros. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o CFC é usado em 14 medicamentos registrados, 12 indicados para doenças pulmonares, um para queimaduras e outro para a garganta.

O produto é importado, já que a produção nacional foi suspensa desde 1999, depois que o país aderiu ao Protocolo de Montreal, que prevê o fim da fabricação e consumo do CFC até 2010, em função dos prejuízos causados pela substância ao meio ambiente.

Durante o congresso em Brasília, os médicos pneumologistas serão instruídos a conversar com os pacientes sobre a substituição dos medicamentos que contêm o gás. Segundo o ministério, a orientação dos profissionais de medicina é necessária para garantir que a substituição dos medicamentos aconteça da melhor forma.

A ação faz parte do Plano Nacional de Eliminação de CFCs. No estande, serão distribuídas cartilhas do Prozon (Programa de Proteção da Camada de Ozônio), desenvolvido pelo ministério.

No ano passado, a Anvisa e o Ministério da Saúde realizaram consulta pública sobre a proibição de inaladores de dose medida, conhecidas como "bombinhas para controle de asma", que contêm CFC. Segundo a Anvisa, a consulta ainda não virou resolução e deve ser discutida pela diretoria da agência ainda este mês.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, o consumo brasileiro de CFC caiu de 11 mil toneladas, em 1993, para 318 toneladas, em 2007.

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