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Os mais vulneráveis a roubos na cidade de São Paulo são homens, com menos de 40 anos, de classe média alta, brancos ou de origem oriental, que vivem em apartamentos, trabalham ou estudam, moram na região noroeste ou sudeste da cidade, frequentam bares e casas noturnas. Essa preferência dos ladrões faz ainda um descendente de japoneses, com idade entre 20 e 39 anos e renda de 10 a 20 salários mínimos, ter 50 vezes mais chances de ser de assaltado do que uma mulher negra, evangélica e moradora de um conjunto habitacional.

Os resultados são da pesquisa de vitimização feita pelo Centro de Políticas Públicas do Insper (ex-Ibmec-SP) e pela Ipsos Public Affairs. Foram entrevistadas 5 mil pessoas em 2003 e 2.967 em 2008 para que contassem os crimes dos quais foram vítimas no ano anterior à pesquisa.

E engana-se quem pensa que quanto mais rico, maior a vulnerabilidade. Pessoas que recebem de 20 a 30 salários mínimos têm 23,5% de risco de serem roubadas, probabilidade que cai para 20,8% para quem recebe acima de 30 salários mínimos. "Quando a renda ultrapassa certo nível, o indivíduo tem condições de pagar por algumas modalidades de segurança que diminuem sua vulnerabilidade", explica Naércio Aquino Menezes, professor e coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper.

A pesquisa registrou também uma melhora nas condições da segurança pública na capital paulista, apesar de os números continuarem alarmantes. Enquanto 11,9% dos entrevistados em 2003 tinham sido vítimas de algum tipo de roubo no ano anterior, o porcentual caiu para 9,4% em 2008. Também diminuiu o total de pessoas assaltadas com arma de fogo, passando de 4,4%, em 2003, para 3%, em 2008. Apesar da queda, um em cada quatro domicílios em São Paulo tem alguém que já foi vítima de assalto.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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