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O Brasil apresentou nesta segunda-feira (5), em um encontro internacional, o documento que deverá orientar a evolução da ciência nacional na Antártida pelos próximos oito anos. O Plano de Ação Ciência Antártica para o Brasil 2013-2022 propõe que as atividades de pesquisa do país no continente gelado sejam organizadas em cinco grandes projetos temáticos, com uma atenção especial para suas relações climáticas, físicas e biológicas com a América do Sul.

"Queremos explorar cada vez mais essas conexões", disse o pesquisador Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, relator do grupo de trabalho responsável pela elaboração do documento. Os cientistas querem entender, por exemplo, como a massa de gelo da Antártida influencia o clima no Brasil, os padrões de circulação do Oceano Austral e a conectividade - presente e passada - entre a fauna e a flora dos dois continentes.

"É a primeira vez que temos uma política científica de fato para o Programa Antártico Brasileiro, com eixos de pesquisa bem estabelecidos", avalia Simões. Com isso, diz ele, espera-se aumentar ainda mais a produtividade e a qualidade da ciência nacional relacionada ao continente. "Queremos um programa científico de altíssima qualidade, que reforce a representação do Brasil nos fóruns internacionais de pesquisa antártica."

O plano foi apresentado pelo secretário de Políticas e Programas do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Carlos Nobre, na 37.ª Reunião Consultiva do Tratado da Antártica, em Brasília. A ciência brasileira vive um bom momento na Antártida, apesar do incêndio que destruiu a Estação Comandante Ferraz, em 2012. As pesquisas foram 100% retomadas, com o apoio de instalações provisórias em terra e dois navios da Marinha. Uma licitação internacional para a construção da nova base deve ser lançada neste mês.

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