O prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) fez uma postagem no Twitter na tarde deste domingo informando que entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal para manter as proibição de missas e cultos na capital mineira. Enquanto isso, segundo a postagem “Por mais que doa no coração de quem defende a vida, ordem judicial se cumpre”.
Kalil havia publicado no sábado, após decisão do ministro Kassio Nunes Marques liberando as celebrações religiosas, um tuíte afirmando que em Belo Horizonte “o que vale é o decreto do Prefeito. Estão proibidos os cultos e missas presenciais”. Acabou intimado por Nunes Marques a cumprir a nova determinação. O STF ainda determinou que a Superintendência da Polícia Federal (PF) em Minas Gerais garanta o cumprimento da liminar em caso de "resistência da autoridade municipal ou de seus funcionários" e pede à Procuradoria-Geral da República (PGR) para "adoção das providências cabíveis" pela grave "declaração pública de uma autoridade de que não pretende cumprir uma decisão" do STF.
Kalil não foi o único a questionar a decisão de Nunes Marques. O presidente da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), Jonas Donizette, pediu neste domingo (4) ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, para que se manifeste. Dentro do STF também não há consenso sobre o tema: o decano, ministro Marco Aurélio, criticou a decisão do colega neste domingo (4).