Para palestrantes da conferência, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido “fez uso da linguagem da supremacia branca”.
Para palestrantes da conferência, o ex-primeiro-ministro do Reino Unido “fez uso da linguagem da supremacia branca”.| Foto: Wikipedia

Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, teria sido um "supremacista branco" líder de um império pior que o dos nazistas. Esse foi o tom de um evento realizado na Churchill College, faculdade de Cambridge. Em 2020, o mesmo grupo de professores da faculdade também teria apoiado declaração, nas redes sociais, que “vidas brancas não importam".

Entre os painelistas do evento, houve quem defendeu, por exemplo, que Churchill era "a personificação perfeita da supremacia branca", e que o "império britânico" foi muito pior do que "os nazistas e durou muito mais tempo". "Isso é apenas um fato. Mas afirmar algo assim é quase como dizer uma heresia", disse o professor Kehinde Andrews, um dos convidados. Ele ainda afirmou que discutir sobre Churchill é um tema difícil uma vez que "ele se tornou irrepreensível" e, portanto, não "homenagear homens brancos mortos" se tornou um problema histórico.

Para outro painelista do evento, o professor Onyeka Nubia, o ex-primeiro-ministro da Inglaterra "fez uso da linguagem da supremacia branca por meio dos termos velados 'povos de língua inglesa' e 'anglo-saxão'". A professora Madhusree Mukerjee, por sua vez, disse que Churchill "via os indianos como 'coelhos'" e que "suas políticas tiveram responsabilidade direta na fome de Bengala, em 1943". Mukerjee ainda argumentou que "o militarismo é o cerne da identidade britânica". As informações são do Telegraph.