Deputados governistas apresentam projeto de lei que pune falsas acusações de nazismo
Sete deputados governistas apresentaram proposta que prevê até cinco anos de prisão por falsa acusação de apologia ao nazismo| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sete deputados federais da base do governo federal apresentaram, na segunda-feira (14), o projeto de lei (PL) 254/2022, que inclui na lei federal antirracismo (Lei 7.716, de 1989) o crime de falsa acusação de apologia ao nazismo. De acordo com o texto, acusar falsamente qualquer pessoa, por qualquer meio, de ser nazista, passa a ser passível de detenção de dois a cinco anos ou multa.

“A liberdade de expressão não pode ser franqueada a ponto de sua garantia ser um instrumento para ofensas pessoais e, muito menos, para permitir acusações falaciosas, que impliquem consequências nefastas, notadamente na vida particular e no trabalho de quem se torna alvo desse tipo de abuso”, diz a justificativa da proposta. O texto cita que as falsas acusações consistem em “assassinatos de reputação” e que “pessoas têm sido seriamente prejudicadas em suas relações pessoais e profissionais por serem alvo de falsas acusações”.

A apresentação do PL ocorre dias após figuras públicas, a exemplo do apresentador do Flow Podcast, Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark; do deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP); e do comentarista Adrilles Jorge, terem sido acusadas de fazer apologia ao nazismo.

Os parlamentares que assinam o projeto de lei, todos pertencentes ao PSL, são: Alê Silva (MG), Bia Kicis (DF), Bibo Nunes (RS), Carla Zambelli (SP), Daniel Silveira (RJ), Guiga Peixoto (SP) e Junio Amaral (MG).