Pandemia trouxe consequências também para o ensino superior
Pandemia trouxe consequências também para o ensino superior privado| Foto: Bigstock

A inadimplência no ensino superior brasileiro cresceu 29,9% no primeiro semestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado. Já a evasão subiu 14%. O setor estima a perda de 423 mil alunos entre trancamentos de matrículas, desistências e pessoas que deixaram de ingressar no segundo semestre. Isso significa encolhimento de quase 10% do mercado, que abrange 6,5 milhões de alunos. Os dados são de uma pesquisa do Sindicato das Entidades Mantenedoras (Semesp) com 53 instituições de ensino. O ingresso de novos alunos no segundo semestre também ficou abaixo dos últimos anos. O porcentual de queda chegou a 19,8%, com uma redução de 38,2% para cursos presenciais, o segmento mais prejudicado. Composto por 90% de alunos das classes C, D e E, de acordo com o Semesp, o público do ensino superior privado sofreu com desemprego, diminuição ou perda de renda e suspensão ou redução de contrato de trabalho. A pesquisa traz ainda pequenos indícios de recuperação no próximo ano. As rematrículas para o segundo semestre ficaram próximas do patamar do ano passado. O principal fator de otimismo para 2021 é a retomada das aulas presenciais teóricas, o que deve estimular novas matrículas.