Da esquerda para a direita: Iván Illich, Paulo Freire e Ernesto Guevara.
Da esquerda para a direita: Iván Illich, Paulo Freire e Ernesto Guevara.| Foto: Wikimedia

Um livro publicado pela Editora da Universidade de São Paulo (USP), de autoria de Andrés Donoso Romo, afirma que Iván Illich, Paulo Freire e Ernesto "Che" Guevara tiveram papel imprescindível na busca de um futuro melhor para as populações (incluindo os opressores) - e, para isso, lutaram por uma "educação emancipatória" que levasse à "revolução".

Em um dos trechos da obra, Romo afirma que as correntes de pensamento defendidas pelos três - alvo de muitas críticas de educadores e das evidências disponíveis atualmente - não foram derrotadas a partir de argumentos, mas, sim, "silenciadas pela força das armas". Segundo o autor, "a educação defendida por Paulo Freire encontrava-se tão indissociavelmente ligada à revolução que, com o passar do tempo, ele foi enfatizando que não bastaria as pessoas se conscientizarem em relação à situação de dominação que sofriam se não entendessem que essa tomada de consciência era apenas um momento inicial, imprescindível e necessário da transformação social".

Romo é pesquisador do Centro de Estudos Avançados da Universidade de Playa Ancha, em Valparaíso, no Chile, e professor-assistente do Centro de Pesquisas Avançadas em Educação do Instituto de Educação da Universidade do Chile.