Ministro Marco Aurelio Mello, durante a segunda parte da sessao de hoje (23) para julgamento sobre a validade da prisao em segunda instancia do Supremo Tribunal Federal (STF). (Ministro Marco Aurelio Mello, durante a segunda parte da sessao
Ministro Marco Aurelio Mello, durante a segunda parte da sessao de hoje (23) para julgamento sobre a validade da prisao em segunda instancia do Supremo Tribunal Federal (STF). (Ministro Marco Aurelio Mello, durante a segunda parte da sessao| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello afirmou neste domingo (4) ao portal Metrópoles que espera que a decisão sobre celebrações religiosas presenciais durante a pandemia seja julgada pelo plenário da Corte na próxima quarta-feira (7). Para isso, ele conta com a liberação do processo pelo ministro Kassio Nunes Marques, quem permitiu liminarmente a realização presencial de cultos e missas, abrindo uma crise entre os ministros do Supremo.

“Espero que ele submeta na quarta-feira sua decisão ao Plenário. Isso tem que ser feito urgentemente, já que o ato seria do colegiado, que estará reunido. Urge tranquilizar a população. Urge a segurança da população, da sociedade”, afirmou. Nunes Marques tem a prerrogativa de liberar o processo para que o presidente do STF, Luiz Fux, paute o tema para deliberação em plenário.

Se Nunes Marques demorar a fazer isso, ministros defendem reservadamente que Gilmar Mendes, relator de outras duas ações sobre o mesmo tema, se manifeste abrindo divergência, o que levaria o tema a plenário, mesmo à revelia do colega.

Ainda em declaração ao portal Metrópoles, Marco Aurélio pediu para que os brasileiros rezem em casa. "O maior altar que nós temos é o nosso lar. Reze-se em casa. Temos que evitar a todo custo as aglomerações. A ficha do brasileiro ainda não caiu quanto à pandemia, em que pese o número de mortes.” Mais cedo, em entrevista ao Estadão, Mello já tinha tecido críticas à decisão do seu colega, a quem chamou de "novato".