Ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub
Ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub| Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu arquivar o inquérito aberto para apurar se o ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, havia cometido crime de racismo contra os chineses ao insinuar que o país poderia se beneficiar da crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus.

A decisão foi tomada na esteira do relatório de investigação da Polícia Federal, que concluiu as apurações no fim do ano e decidiu não indiciar o ex-ministro. Com base no documento, a Procuradoria da República no Distrito Federal encerrou o caso. "Essa postagem, por si só, não trouxe uma demonstração clara do ânimo racista e da iminência do risco social de racismo que a opinião deveria gerar", escreveu a procuradora Melina Flores, que assina o arquivamento.

O inquérito foi aberto em abril, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), depois que o então ministro fez uma publicação no Twitter em que usou a forma de falar do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, trocando o 'r' pelo 'l', em uma sátira ao sotaque de chineses que falam português, para tratar da pandemia. Na ocasião, a Embaixada da China no Brasil divulgou uma nota chamando Weintraub de racista e o então ministro apagou a publicação.

Depois que Weintraub deixou o governo federal, a investigação, que até então corria no Supremo Tribunal Federal (STF), foi enviada para primeira instância.