MPT pediu afastamento de Sérgio Camargo da Fundação Palmares
MPT pediu afastamento de Sérgio Camargo da Fundação Palmares| Foto: Fundação Palmares

O Ministério Público do Trabalho (MPT) pediu à Justiça do Trabalho que Sérgio Camargo seja afastado da presidência da Fundação Palmares. As acusações contra ele feitas pelo MPT são de assédio moral, perseguição político-ideológica e discriminação. A ação foi protocolada na sexta-feira (27) e foi noticiada pelo Fantástico no domingo (29).

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Em nota publicada no site do MPT nesta segunda-feira (30), o órgão informou que as investigações duraram um ano e que 16 pessoas foram ouvidas - entre servidores concursados, ex-funcionários, comissionados e terceirizados da Palmares - para embasar a ação civil pública impetrada na 21ª Vara do Trabalho de Brasília. Nas palavras do MPT, Camargo perseguia aqueles que considerava “esquerdistas” e promovia um “clima de terror psicológico” na Fundação Palmares.

Além do afastamento de Camargo, o MPT pediu a condenação de Camargo - e solidariamente da Fundação Palmares - por danos morais coletivos, com uma indenização de R$ 200 mil.

Após a veiculação da matéria, Camargo fez uma série de postagens nas redes em que criticou a reportagem, a esquerda e o movimento negro. “Inexiste assédio moral na minha gestão”, disse ele em uma postagem feita nas redes sociais. Ele também questionou a destinação que será dada à indenização - em caso de uma eventual condenação na ação civil pública.

O presidente da Palmares afirmou também que o “MPT não tem autoridade para investigar servidores ou pessoas em cargos comissionados, pois somos regidos pelo estatuto, não pela CLT. As acusações partiram de militantes vitimistas e traíras. Há duas cartas públicas em minha defesa assinadas por todos os servidores da Palmares!”. As cartas, porém, não foram publicadas nas redes em que as postagens foram feitas.