Nature: revistas acadêmicas retiram centenas de pesquisas consideradas fraudulentas
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Revistas científicas renomadas retiraram de suas plataformas, de janeiro a março, pelo menos 370 artigos fraudulentos, todos de origem de pesquisadores em hospitais chineses, revela uma análise feita pela Nature. Outros estudos estão sendo investigados, também de outros países: só em março, 1.300 textos foram considerados suspeitos e podem ser alvo de retratação.

Os artigos apresentam manipulação de gráficos ou imagens, endereços de e-mail não acadêmicos e detalhes de experiências impossíveis de serem realizadas como são descritas. A RSC Advances, uma das melhores da sua área, por exemplo, retirou 68 artigos da sua plataforma e se manifestou oficialmente contra o que chamou de "fábrica de papers", "produção sistêmica de pesquisas falsificadas". Já Catriona Fennell, da Elsevier, a maior editora científica do mundo, informou à Nature que os trabalhos falsificados não vêm só da China, mas também de outros países, como Rússia e Irã.