Uma imagem do ministro da Educação, Milton Ribeiro, no telão da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
O ministro da Educação Milton Ribeiro.| Foto: Gilmar Felix/Câmara dos Deputados

A mensagem "Seja bem-vindx" postada no site do Projeto "Qualifica Mais", do Ministério da Educação (MEC), causou mais uma avalanche de críticas contra o ministro Milton Ribeiro. Após a pressão de seguidores do presidente Jair Bolsonaro, Ribeiro respondeu a conservadores, em seus perfis nas redes sociais, que o texto já havia sido alterado.

O uso do "x" ou do "e" em substituição às desinências (a) ou (o) nas palavras (que não designam apenas substantivos masculinos ou femininos), é mais uma imposição de quem quer abolir a noção de gênero ligada ao sexo biológico. A chamada linguagem neutra, porém, não tem fundamento científico e é criticada por especialistas em etimologia.

Desde que assumiu o cargo, Milton Ribeiro tem sido alvo da pressão de conservadores e cientistas que pedem ao presidente pela sua exoneração. A demissão de Ilona Becskeházy, único nome visto pelos bolsonaristas como capaz de frear a corrupção na Secretaria de Educação Básica no MEC, foi o início de várias decisões consideradas questionáveis. A última, e talvez a pior de todas, foi a escolha de Cláudia Mansani Queda de Toledo para a presidência da Capes: profissional de currículo fraco supostamente ligada ao lobby das instituições de ensino superior particulares.

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