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| Foto: Henry Milléo/Gazeta do Povo

O trânsito de Curitiba está matando menos. Em 2015, 184 pessoas perderam a vida nas ruas e rodovias que cortam a capital. Apesar de ser um número ainda alto, equivalente a 9,8 óbitos a cada 100 mil habitantes, a redução nos casos fatais é evidente. Desde 2011, quando os números passaram a ser monitorados com mais atenção, a queda é de 40% – naquele ano foram 310 mortes. Com esses indicadores, Curitiba se aproxima da meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) prevista para ser alcançada em 2020 (que é de redução de 50% em relação a 2010).

Veja dados no infográfico

Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (5), numa coletiva de imprensa na prefeitura. O levantamento faz parte do programa Vida no Trânsito, que analisa cada morte ocorrida para detectar quais são os fatores que influenciaram no acidente e buscar forma de prevenir outras ocorrências. O levantamento leva em consideração apenas os óbitos que aconteceram até 29 dias depois do acidente. Pelo levantamento, de cada dez mortes no trânsito, sete ocorreram em ruas e avenidas. Os demais óbitos foram registrados nas rodovias (25%) e na Linha Verde (5%).

Apesar do número de mortes ser maior nas ruas, os dados dos trechos rodoviários são mais alarmantes. Nos contornos Sul e Norte, por exemplo, a média foi de uma morte por quilômetro no ano passado.

Em todas as faixas etárias, com a exceção de pessoas entre 30 e 39 anos, houve redução no número de mortes. Mas os dados indicam que a faixa entre 20 e 29 anos concentra a maior parte das vítimas, com três a cada dez óbitos.

O prefeito Gustavo Fruet salientou as dificuldades para enfrentar os desafios do trânsito. “Curitiba não foi planejada para esse número de veículos. Sendo assim, qualquer intervenção física custa muito alto e gera vários problemas. É, então, preciso mudar a cultura. A sociedade precisa enfrentar essa situação e definir qual o custo pagar para diminuir o número de mortes”, disse.

A secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli, destacou que a decisão de priorizar a vida e o pedestre encontra resistências. “Aumentamos o tempo de travessia em mais de 200 semáforos e isso gerou chiadeira dos motoristas”, contou.

A redução no limite de velocidade em todo o anel central, a chamada Área Calma – que passou a vigorar em novembro de 2015, com o máximo de 40 km/h – também gerou controvérsia, mas já estaria apresentando os primeiros resultados. A comparação entre os meses de outubro, novembro e dezembro de 2014 e 2015 apontou que foram seis mortes na região no ano anterior contra um óbito depois que o projeto foi implantado. A prefeitura, contudo, reconhece que ainda é cedo para atribuir à redução nos casos de mortes à diminuição de velocidade e que vários fatores interferem nas estatísticas.

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